segunda-feira, 20 de julho de 2009

O LHC e o fim-do-mundo da ciência no Brasil

Cada vez que alguma pesquisa científica cai no domínio público, sejam células-tronco, clonagem, resequenciamento de DNA, fusão nuclear ou o LHC, é sempre a mesma histeria. Parecemos os macacos de 2001 diante do monolito. Os que fogem assustados, claro. Tudo vai destruir o mundo, tudo é ruim, tudo é perigoso, cientistas são gênios arrogantes e querem nos exterminar. Sério, parece que o mundo da Idade Média era maravilhoso, dado o medo de tecnologia que a humanidade apresenta hoje.
Por isso a mídia só publica histórias sensacionalistas. Posts como este do Universo Físico mostrando o que É um momento histórico, a ativação do Large Hadron Collider, não chamam atenção. Nada explode, ninguém morre, a Humanidade não é colocada em risco. Divulgação científica desde a morte do Carl Sagan e desde que Stephen Hawking deixou de ser moda e passou a rickrollar todo mundo, não é mais assunto.
É uma vergonha. Não é com ignorância, superstição e medo de ciência e tecnologia que a Humanidade vai continuar evoluindo. Temos que estimular a curiosidade das crianças, mostrar que o Universo é maravilhosamente divertido, e que ao contrário de outros, no Templo da Ciência você pode e DEVE perguntar "como isso funciona?".
O que me leva ao momento-revolta de hoje. Graças a um leitor de meus blogs, o Stephen Dedalus (que se não é pseudônimo é um pucta nome!) descobri que um grupo de físicos brasileiros envolvidos com o LHC trabalham em uma iniciativa do Projeto SPRACE, a "Um Cartaz em Cada Escola". Eles imprimiram 50.000 cartazes com informações sobre as estruturas fundamentais do Universo, perguntas não-respondidas, escalas cósmicas, etc. Junto criaram um fórum de discussão onde professores, alunos e cientistas podem interagir.

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