Cientistas dos Estado Unidos conseguem agora compreender melhor o funcionamento interno do mortal parasita da malária, o que talvez permita o desenvolvimento de remédios mais eficientes no combate à doença, disse um estudo publicado na quarta-feira. A malária, provocada por um parasita transmitido na picada de um pernilongo, atinge as regiões tropical e subtropical do mundo, matando ao menos 1 milhão de pessoas todos os anos.
Uma equipe da Faculdade de Medicina da Universidade Drexel, na Filadélfia, analisou a mitocôndria (uma estrutura do interior das células) do Plasmodium falciparum, o mais mortal dos quatro tipos de parasita que provocam a malária em seres humanos. A mitocôndria costuma funcionar como a casa de força das células, produzindo energia a partir do oxigênio obtido na respiração.
Os pesquisadores, liderados por Akhil Vaidya, disseram que a mitocôndria desse parasita não gerava energia, mas ainda assim consumia oxigênio. Os cientistas, no artigo publicado na revista Nature, contam que a mitocôndria do parasita, ao contrário de produzir energia, fornece DNA a fim de permitir que o Plasmodium falciparum se multiplique.
"Remédios de combate à malária mais baratos precisam ser descobertos constantemente a fim de conseguirmos enfrentar os parasitas mais resistentes que surgem", escreveu Vaidya, professor de microbiologia e imunologia. A descoberta dos cientistas também explica como o Malarone, um remédio de combate à malária desenvolvido pela GlaxoSmithKline Plc, funciona, disseram.
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