quarta-feira, 22 de julho de 2009

Rádios piratas podem colocar vidas humanas em risco


As rádios piratas podem colocar vidas em risco por interferir com as frequências de emergência, afirma a entidade reguladora da indústria das comunicações no Reino Unido, a Ofcom

De acordo com a Ofcom, as transmissões podem colocar vidas em risco por interferir com as frequências do serviço de emergência, além de poderem também bloquear as estações legítimas.
Numa tentativa para combater a pirataria de rádios, as autoridades britânica têm vindo a aumentar os seus esforços na detecção e encerramento das estações infractoras
Na sequência das suas actividades, a polícia invadiu um domicilio no norte de Londres, que, segundo dizem, albergava uma estação de rádio ilegal. Foram presas cinco e apreendidos milhares de libras e equipamentos de radiodifusão e musicais.
Dados divulgados pela Ofcom revelam que existem mais de 150 estações de rádios piratas a operar em todo o Reino Unido, metade das quais estão localizadas em Londres e no sudeste da Inglaterra.
No ano passado, a polícia realizou buscas em 43 estúdios utilizados por estações piratas e encerrou 838 transmissores ilegais.

Espaço: Um grande olho no céu à espreita de pontinhos azuis


Kepler vai procurar planetas que orbitem em torno de estrelas parecidas com o nosso Sol

Se tudo correr bem, dentro de horas o novo telescópio espacial Kepler da NASA partirá de cabo Canaveral a bordo de um foguetão. A sua missão: descobrir outros "pontinhos azuis"- ou seja, planetas parecidos com o nosso que orbitem em torno de estrelas parecidas com o nosso Sol.A anos-luz da Terra, algures na nossa galáxia, a Via Láctea, uma anónima e modesta estrela alberga um pequeno planeta, feito de continentes de pedra, oceanos de água líquida e céus azuis. Tal como a Terra, esse planeta completa uma órbita em torno do seu sol em mais ou menos um ano. Não é nem muito quente nem muito frio: tem a temperatura ideal para o desenvolvimento da vida. Quem sabe, talvez já esteja cheio de vida... O que não daríamos para o ver!O mais provável é que isso nunca venha a acontecer - mesmo um punhado de anos-luz são milhões de quilómetros a mais para os seres humanos lá chegarem em pessoa. Mas os astrónomos acreditam que é, contudo, possível fazer algo que se aproxima disso: estudar a atmosfera de planetas como este - se é que existem -, determinar se são habitáveis e descobrir eventuais sinais da presença de vida.É um velho sonho da Humanidade, saber se estamos ou não sozinhos no Universo. O nosso "pontinho azul", como lhe chamava o conhecido astrónomo Carl Sagan, será único, ou haverá muitos outros como ele noutros cantos da Via Láctea e até de outras galáxias? E se houver muitos outros, haverá ou não vida neles? E se houver vida neles, será vida inteligente, consciente, ou apenas vida primitiva?O telescópio espacial Kepler da NASA, que deverá ser lançado por volta das 4h da próxima madrugada (hora de Lisboa) a partir de cabo Canaveral, na Florida, a bordo de um foguetão Delta2, é a concretização da primeira etapa indispensável na exploração desta nova fronteira. Tem por missão descobrir mais pontinhos azuis. "O Kepler é uma importante pedra angular para percebermos que tipos de planetas se formam à volta de outras estrelas", diz Debra Fischer, "caçadora" de planetas extra-solares da Universidade Estadual de São Francisco, citada num comunicado da NASA. "As suas descobertas (...) vão ser o nosso guia para conseguirmos um dia vislumbrar um pontinho azul como o nosso à volta de outra estrela da nossa galáxia."Até à data, conhecem-se mais de 300 "exoplanetas", mas nenhum deles parece ser muito semelhante à Terra; costumam ser muito maiores e a maioria são bolas gigantes de gases incandescentes. De facto, nem o telescópio espacial Hubble nem os mais potentes telescópios terrestres seriam capazes de detectar planetas do tamanho da Terra a distâncias tão imponentes. Espera-se que as coisas mudem radicalmente com a chegada do Kepler ao espaço, que, para mais, ao contrário dos outros telescópios, se dedicará em exclusividade à pesquisa de exoplanetas (a sonda Corot, lançada pela Agência Espacial Europeia em 2006, também à procura de planetas extra-solares, é menos potente do que o Kepler e menos adequada à detecção de planetas tipo-Terra).Olhar fixamente as estrelasO novo telescópio, baptizado em homenagem a Johannes Kepler (1571-1630), pai da astronomia moderna, pesa uma tonelada e custou 478 milhões de euros. É basicamente composto por uma câmara digital de 95 milhões de pixéis - a mais potente de sempre a ser colocada no espaço - e de um espelho com quase um metro e meio de diâmetro. A abertura do telescópio é quase de um metro. Colocado em órbita à volta do Sol, seguirá o rasto ao nosso planeta e ficará orientado para uma porção do céu visível do Hemisfério Norte da Terra, na direcção das constelações Cisne e Lira. Ao longo dos pelo menos três anos (pode chegar aos seis) que deverá durar a sua missão, vai realizar um gigantesco "recenseamento planetário", segundo as palavras de Jon Morse, director da divisão de Astrofísica da NASA, olhando fixamente e simultaneamente para mais de 100 mil estrelas nessa região da Via Láctea.Para detectar exoplanetas, o Kepler utilizará o método dito dos trânsitos, que consiste em detectar pequeníssimas flutuações da radiação, "piscadelas" na luz emitida pelas estrelas, devidas à passagem de um planeta à sua frente. O Kepler é um aguçadíssimo olho no céu, como explica James Fanson, responsável da missão, no mesmo documento da NASA: "Se o Kepler olhasse para a Terra à noite a partir do espaço, seria capaz de detectar a diminuição da luz num alpendre se alguém passasse à frente da lâmpada". O que equivale ainda a ser capaz, para recorrer à imagem usada pelo New York Times, de detectar a variação de luz produzida por uma pulga a rastejar à superfície do farol de um carro. O Kepler fará observações em contínuo, sem desviar o olho dos seus alvos e sem pestanejar, e enviará para a Terra os dados recolhidos uma vez por semana.Como os planetas que o Kepler procura devem ser parecidos com o nosso e a sua estrela parecida com o nosso Sol, isso significa, em princípio, que esses planetas demoram cerca de um ano a completar uma volta em torno da estrela. Portanto, ao longo da sua missão, o novo telescópio deverá ser capaz de confirmar várias vezes a redução periódica da luminosidade de uma dada estrela de forma a garantir que essa variação se deve à passagem de um planeta e não a algum outro fenómeno. Mas isso também quer dizer que só no fim da missão é que se saberá quantos planetas do tipo da Terra é que o Kepler encontrou.Contudo, os responsáveis da missão têm uma ideia do número em causa. Pensam que o Kepler deverá detectar centenas de planetas de todo o tipo - muitos deles gigantes quentíssimos - e que, se de facto os pontinhos azuis forem moeda corrente na nossa galáxia, umas dezenas dos exoplanetas descobertos serão parecidas com a Terra e estarão situadas na zona "habitável" do seu respectivo sistema solar.Umas dezenas pode parecer muito pouco, dado o número de estrelas que o telescópio irá perscrutar. Mas o facto é que, entre aquelas 100 mil estrelas e o seu eventual cortejo de planetas, nem todos se vão alinhar com o Kepler para serem "apanhados" pela objectiva. Estima-se que um tal alinhamento apenas se produza em um por cento dos casos. Muitos planetas como o nosso passarão, portanto, despercebidos, mesmo que existam.Mas nada garante o desenlace: "Se descobrirmos que a maior parte das estrelas possui planetas como a Terra", diz William Borucki, responsável científico da missão, "isso implica que as condições que sustentam o desenvolvimento da vida poderão ser comuns na nossa galáxia. Mas se encontrarmos poucos ou nenhuns planetas destes, isso indicará que talvez estejamos sozinhos."

Caneta digital converte escrita em textos para telemóvel


A T-Systems apresentou na CeBIT uma nova caneta digital, que permite aos utilizadores enviar notas escritas à mão para um telemóvel

A nova tecnologia foi desenvolvida com objectivo de diminuir custos e tornar procedimentos mais rápidos, através do envio de notas directamente para telemóvel, através de Bluetooth.
Entre os exemplos da utilização desta caneta dadas pela T-Systems surgem a assinatura de contratos, tarefa que poderá vir a revolucionar as transacções de negócios num futuro próximo, e a criação de notas em apresentações em slides de PowerPoint, que vão aparecer em tempo real durante a apresentação.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Um cérebro com 300 milhões de anos

Fóssil. Dentro do crânio fossilizado de um antepassado das raias e tubarões foi encontrado um minúsculo cérebro, o mais velho alguma vez descoberto. "Agora podemos começar à procura de outros", disse um dos cientistas do projecto Crânios costumam chegar espalmados aos nossos diasOs cientistas estavam a usar a luz sincrotrónica para analisar um dos poucos crânios completos de um peixe iniopterygian, um antepassado com 300 milhões de anos dos tubarões e das raias, quando se depararam com algo estranho. Mais testes revelaram um pequeno cérebro fossilizado, o mais velho alguma vez encontrado. "Durante muitos anos, os paleontólogos usaram a forma da cavidade do crânio para pesquisar a morfologia do cérebro, porque o tecido mole não estava disponível", indicou o principal autor da descoberta, Alan Pradel, do Museu Nacional de História Natural francês. "Os tecidos moles fossilizaram no passado, mas são normalmente músculo ou órgãos como os rins", afirmou por seu lado John Maisey, do museu homólogo norte- -americano, em Nova Iorque. "Os cérebros fossilizados são pouco comuns e este é, de longe, o mais velho exemplo conhecido", acrescentou. O cérebro do peixe, descoberto no estado norte-americano de Kansas, terá fossilizado "graças à presença de bactérias que cobriram o cérebro antes do início da decomposição", indicou Alan Pradel no artigo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Normalmente, os fósseis do crânio deste animal chegam aos nossos dias espalmados, o que impede estudos pormenorizados. Os exames com a luz sincrotrónica, no laboratório europeu em Grenoble (França), permitiram recolher informações detalhadas sobre a estrutura do cérebro. "É possível ver o cerebelo, a espinal medula, os lobos ópticos e os nervos", indicam os cientistas, que fizeram uma reconstrução a três dimensões do crânio. O peixe, que não media mais de 50 centímetros de comprimento, tinha um cérebro simétrico de 1,5 por sete milímetros. "Agora, que sabemos que os cérebros se podem preservar dentro de fósseis tão antigos, podemos começar a procurar outros", afirmou Maisey, abrindo caminho ao estudo do desenvolvimento do cérebro em animais vertebrados.

Um PC dentro do seu teclado

Seguindo a mesma linha do Eee Pc, a Asus exibiu na feira de tecnologia Cebit, o Eee Keyboard. Com o formato de um teclado, inclui um ecrã de 5 polegadas sensíveis ao toque e dispositivos, normalmente encontrados em computadores portáteis tradicionais, como acesso à Internet sem fios, portas USB e sistema operacional XP.
Este protótipo, cujo preço ainda não foi divulgado, está perto de ser comercializado. Segundo avança o site G1, a Asus confirmou em Janeiro, ao blog de tecnologia «Engadget», que o Eee Keyboard estaria perto do protótipo final.
Fiel ao conceito Eee «easy to learn, easy to work, easy to play» (fácil de aprender, fácil de trabalhar, fácil de brincar), este modelo pesa 950 gramas, tem disco rígido de 16 Gb e memória RAM de 1 GB.

Fonte de energia descoberta no espaço

Uma equipa internacional de astrofísicos, que envolve vários grupos de pesquisa de Espanha, descobriu uma fonte de raios gama de alta energia numa região de galáxias distantes - 3C 66ª e 3C 66B. Esta nova emissão, observada num telescópio MAGIC em Las Palmas (ilhas Canárias) não é aquilo que os cientistas esperavam encontrar. Em 2007 o telescópio MAGIC esteve mais de 50 horas a observar a região galáxica 3C 66A, que está a mais ou menos 3 biliões de anos luz da Terra. Os resultados destas observações mostraram a descoberta de uma fonte de raios gama de alta intensidade energética (para cima de 150 biliões de volts), como foi publicado no The Astropshysical Journal Letters. Nos próximos anos, os cientistas continuarão a estudar aquela região do espaço, também observada por outros telescópios para além do MAGIC, para encontrarem uma explicação correcta.

Finalmente, é Primavera na Terra

Com a chegada da Primavera somos brindados com um cheirinho diferente no ar, o canto dos passarinhos, as múltiplas cores das flores que embelezam as nossas ruas. Uops! - mas parte do planeta prepara-se agora para a chegada do Inverno, as pessoas apressadas aproveitam os últimos dias de calor enquanto o Outono se instala. É que as estações do ano não são iguais nos dois hemisférios.Desafio agora o leitor a rever os seus conhecimentos: porque temos várias estações ao longo de uma volta do nosso planeta em torno do Sol? Para aqueles que responderam que é devido à maior ou menor proximidade do nosso planeta à nossa estrela, lamento desapontar. É que embora a órbita da Terra em torno do Sol não seja perfeitamente circular, está bem próximo disso. E além disso, se fosse essa a razão, como poderíamos explicar as diferentes estações nos dois hemisférios? A explicação é outra: tem a ver com a inclinação do eixo de rotação do nosso planeta em relação à sua órbita.
Os dois hemisférios recebem diferentes quantidades de calor ao longo da trajectória. Na verdade, todos os planetas cujos eixos estão inclinados em relação às suas órbitas apresentam estações diferentes nos dois hemisférios. Quando um hemisfério aponta para o Sol, nessa parte do planeta é Verão e, na parte oposta, Inverno. Em Mercúrio, Vénus e Júpiter, a inclinação é tão pequena que essas diferenças não se fazem notar.

Ano 2065: um mundo sem camada de ozono

Um mundo inóspito. Uma camada de ozono praticamente inexistente. Um planeta muito diferente daquele que conhecemos, onde os raios solares são capazes de provocar cancro da pele e queimaduras em apenas 5 minutos de exposição.
O cenário parece pertencer ao universo da ficção científica. Mas é bem mais dramático. Trata-se do resultado da última simulação realizada pela NASA, que prevê como será o planeta em 2065, caso os países não reduzam a produção de substâncias químicas, segundo cita o jornal 20 minutos.
De acordo com o relato da NASA, dois terços da camada de ozono desapareceriam, não só nos pólos mas em todo o mundo. É esta a conclusão a que cientistas da agência espacial norte-americana chegaram, numa simulação que estuda a evolução do planeta desde 1974 até 2065.
No entanto, esta realidade, segundo a NASA, pode ter-se evitado, uma vez que em 1987, um total de 193 países, proíbiram emissões de substâncias químicas, ao assinarem o Protocolo de Montreal.
O Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozono realiza-se a 16 de Setembro.

O LHC e o fim-do-mundo da ciência no Brasil

Cada vez que alguma pesquisa científica cai no domínio público, sejam células-tronco, clonagem, resequenciamento de DNA, fusão nuclear ou o LHC, é sempre a mesma histeria. Parecemos os macacos de 2001 diante do monolito. Os que fogem assustados, claro. Tudo vai destruir o mundo, tudo é ruim, tudo é perigoso, cientistas são gênios arrogantes e querem nos exterminar. Sério, parece que o mundo da Idade Média era maravilhoso, dado o medo de tecnologia que a humanidade apresenta hoje.
Por isso a mídia só publica histórias sensacionalistas. Posts como este do Universo Físico mostrando o que É um momento histórico, a ativação do Large Hadron Collider, não chamam atenção. Nada explode, ninguém morre, a Humanidade não é colocada em risco. Divulgação científica desde a morte do Carl Sagan e desde que Stephen Hawking deixou de ser moda e passou a rickrollar todo mundo, não é mais assunto.
É uma vergonha. Não é com ignorância, superstição e medo de ciência e tecnologia que a Humanidade vai continuar evoluindo. Temos que estimular a curiosidade das crianças, mostrar que o Universo é maravilhosamente divertido, e que ao contrário de outros, no Templo da Ciência você pode e DEVE perguntar "como isso funciona?".
O que me leva ao momento-revolta de hoje. Graças a um leitor de meus blogs, o Stephen Dedalus (que se não é pseudônimo é um pucta nome!) descobri que um grupo de físicos brasileiros envolvidos com o LHC trabalham em uma iniciativa do Projeto SPRACE, a "Um Cartaz em Cada Escola". Eles imprimiram 50.000 cartazes com informações sobre as estruturas fundamentais do Universo, perguntas não-respondidas, escalas cósmicas, etc. Junto criaram um fórum de discussão onde professores, alunos e cientistas podem interagir.

Novas descobertas ajudarão no combate à malária

Cientistas dos Estado Unidos conseguem agora compreender melhor o funcionamento interno do mortal parasita da malária, o que talvez permita o desenvolvimento de remédios mais eficientes no combate à doença, disse um estudo publicado na quarta-feira. A malária, provocada por um parasita transmitido na picada de um pernilongo, atinge as regiões tropical e subtropical do mundo, matando ao menos 1 milhão de pessoas todos os anos.
Uma equipe da Faculdade de Medicina da Universidade Drexel, na Filadélfia, analisou a mitocôndria (uma estrutura do interior das células) do Plasmodium falciparum, o mais mortal dos quatro tipos de parasita que provocam a malária em seres humanos. A mitocôndria costuma funcionar como a casa de força das células, produzindo energia a partir do oxigênio obtido na respiração.
Os pesquisadores, liderados por Akhil Vaidya, disseram que a mitocôndria desse parasita não gerava energia, mas ainda assim consumia oxigênio. Os cientistas, no artigo publicado na revista Nature, contam que a mitocôndria do parasita, ao contrário de produzir energia, fornece DNA a fim de permitir que o Plasmodium falciparum se multiplique.
"Remédios de combate à malária mais baratos precisam ser descobertos constantemente a fim de conseguirmos enfrentar os parasitas mais resistentes que surgem", escreveu Vaidya, professor de microbiologia e imunologia. A descoberta dos cientistas também explica como o Malarone, um remédio de combate à malária desenvolvido pela GlaxoSmithKline Plc, funciona, disseram.
vejam um vidio neste site http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1014494-7823-GRIPE+SUINA+POE+MUNDO+EM+ALERTA,00.html

sábado, 18 de julho de 2009

O Desmatamentos no Brasil.



Desflorestação, desflorestamento ou desmatamento é o processo de desaparecimento de massas florestais, fundamentalmente causada pela atividade humana. a desflorestação é diretamente causado pela ação do homem sobre a natureza, principalmente devido à destruição de florestas para a obtenção de solo para cultivos agrícolas e pela extração da indústria madeireira.
Uma conseqüência da desflorestação é o desaparecimento de absorventes de dióxido de carbono, reduzindo-se a capacidade do meio ambiente em absorver as enormes quantidades deste causador do efeito estufa, e agravando o problema do aquecimento global.
Para tentar conter o avanço do aquecimento global diversos organismos internacionais propõem o reflorestamento, porém essa medida é apenas parcialmente aceita pelos ecologistas, pois estes acreditam que a recuperação da área desmatada não pode apenas levar em conta apenas à eliminação do gás carbônico, mas também a biodiversidade de toda a região.
O reflorestamento é, no melhor dos casos, um conjunto de árvores situadas segundo uma separação definida artificialmente, entre as quais surge uma vegetação herbácea ou arbustiva que não costuma parecer na floresta natural. No pior dos casos, se plantam árvores não nativas e que em certas ocasiões danificam o substrato, como ocorre em muitas plantações de pinheiro ou eucalipto.

O DEMATAMENTO NA AMAZONIA
A desflorestação é uma das intervenções humanas que mais prejudica a sustentabilidade ambiental na Amazônia. Na região amazônica, a desflorestação já removeu 17% da floresta original. Além disso, extensas áreas do bioma Amazônia abrigam florestas empobrecidas e degradadas por queimadas e exploração madeireira predatória.
De acordo com Barreto et al. (2005), 47% do bioma Amazônia estava sob algum tipo de pressão humana em 2002, dos quais 19% representavam pressão consolidada (desflorestação, centros urbanos e assentamentos rurais) e 28% pressão incipiente (medida pela incidência de focos de calor). Despesas com a gestão ambiental representaram apenas 0,3% (R$ 96 milhões) das despesas orçamentárias públicas dos Estados da Amazônia Legal em 2005. Em contraste, as despesas orçamentárias com meio ambiente de toda a Amazônia foram oito vezes inferiores aos gastos efetuados pelo Estado de São Paulo em 2005.

Madeira de desflorestação irregular(foto: Wilson Dias/ABr)
A desflorestação no bioma Amazônia passou de 10%, em 1990, atingindo 17% em 2005. Entre 1990 e 2006, a área desmatada anualmente continuou elevada. Em média, a área desmatada subiu de 16 mil quilômetros quadrados, na década de 1990, para aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados entre 2000 e 2006. A maior desflorestação registrada na Amazônia ocorreu em 1995 (29,1 mil quilômetros quadrados). Em 2004 foi registrado a segunda maior desflorestação da história da região –27,4 mil quilômetros quadrados. Em 2005, a área desmatada foi de 18,8 mil quilômetros quadrados, o que representa uma queda de mais de 30% em relação ao ano anterior. Em 2006 foi registrada uma queda ainda mais relevante na desflorestação da Amazônia (13,1 mil quilômetros quadrados). Nos últimos cinco anos, o Mato Grosso foi o campeão de desflorestação na região.
A União Democrática Ruralista patrocina um projeto de lei no Congresso Nacional, já aprovado pelo Senado, que aumenta em 150% o limite legal para desflorestação nas fazendas da Amazônia e dá anistia aos fazendeiros que já desmataram, ilegalmente, suas propriedades nos últimos sete anos.

Evidências do aquecimento global

A principal evidência do aquecimento global vem das medidas de temperatura de estações meteorológicas em todo o globo desde 1860. Os dados com a correção dos efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o aumento médio da temperatura foi de 0.6 ± 0.2 °C durante o século XX. Os maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000.[12] De 1945 a 1976, houve um arrefecimento que fez com que temporariamente a comunidade científica suspeitasse que estava a ocorrer um arrefecimento global.[13] O aquecimento verificado não foi globalmente uniforme. Durante as últimas décadas, foi em geral superior entre as latitudes de 40°N e 70°N, embora em algumas áreas, como a do Oceano Atlântico Norte, tenha havido um arrefecimento.[14] É muito provável que os continentes tenham aquecido mais do que os oceanos.[12] Há, no entanto que referir que alguns estudos parecem indicar que a variação em irradiação solar pode ter contribuído em cerca de 45–50% para o aquecimento global ocorrido entre 1900 e 2000.Evidências secundárias são obtidas através da observação das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do aumento do nível global das mares, do aumento das precipitações, da cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo durante o século XX. Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de 10% na área que é coberta por neve desde os anos 1960. A área da cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão também diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retração os glaciais e da cobertura de neve das montanhas em regiões não polares durante todo o século XX.[12] No entanto, a retração dos glaciais na Europa já ocorre desde a era Napoleônica e, no Hemisfério Sul, durante os últimos 35 anos, o derretimento apenas aconteceu em cerca de 2% da Antártida; nos restantes 98%, houve um esfriamento e a IPPC estima que a massa da neve deverá aumentar durante este século. Durante as décadas de 1930 e 1940, em que a temperatura de toda a região ártica era superior à de hoje, a retração dos glaciais na Groelândia era maior do que a atual. A diminuição da área dos glaciais ocorrida nos últimos 40 anos, deu-se essencialmente no Ártico, na Rússia e na América do Norte; na Eurásia (no conjunto Europa e Ásia), houve de fato um aumento da área dos glaciais, que se pensa ser devido a um aumento de precipitação.[15]Estudos divulgados em Abril de 2004 procuraram demonstrar que a maior intensidade das tempestades estava relacionada com o aumento da temperatura da superfície da faixa tropical do Atlântico. Esses fatores teriam sido responsáveis, em grande parte, pela violenta temporada de furacões registrada nos Estados Unidos, México e países do Caribe. No entanto, enquanto, por exemplo, no período de quarto-século de 1945-1969, em que ocorreu um ligeiro aquecimento global, houve 80 furacões principais no Atlântico, no período de 1970-1994, quando o globo se submetia a uma tendência de aquecimento, houve apenas 38 furacões principais. O que indica que a atividade dos furacões não segue necessariamente as tendências médias globais da temperatura.

ISSO E MUITO MAIS NO SITE QUE ESTA AQUI>>http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquecimento_global<<

IBAMA

Estudos de Representatividade Ecológica nos Biomas BrasileirosO Brasil é o país demaior biodiversidade do Planeta. Foi o primeiro signatário da Convenção sobre aDiversidade Biológica (CDB), e é considerado megabiodiverso – país que reúne aomenos 70% das espécies vegetais e animais do Planeta –, pela ConservationInternational (CI).A biodiversidade pode ser qualificada pela diversidade emecossistemas, em espécies biológicas, em endemismos e em patrimônio genético.Devido a sua dimensão continental e à grande variação geomorfológica eclimática, o Brasil abriga sete biomas, 49 ecorregiões, já classificadas, eincalculáveis ecossistemas.A biota terrestre possui a flora mais rica domundo, com até 56.000 espécies de plantas superiores, já descritas; acima de3.000 espécies de peixes de água doce; 517 espécies de anfíbios; 1.677 espéciesde aves; e 518 espécies de mamíferos; pode ter até 10 milhões de insetos.Épreciso lembrar que abriga, também, a maior rede hidrográfica existente e umariquíssima diversidade sociocultural.Os estudos de representatividadeecológica levam em consideração diversos elementos tais como, riqueza biológica,vegetação, biogeografia, distribuição de áreas protegidas e antropismo.Osestudos de representatividade têm por objetivo verificar como os diversosecossistemas – biomas, ecorregiões e biorregiões – estão sendo representados pormeio de ações conservacionistas como áreas protegidas, corredores ecológicos,projetos de preservação de espécies etc. Obtém-se, assim, uma identificação eanálise de lacunas, que deverão ser consideradas na definição de prioridades deconservação.Os métodos de identificação de ecorregiões, análise de lacunas,gestão biorregional e ecorregional, estão sendo empregados pelas principaisinstituições conservacionistas mundiais, o que resulta na padronização deprocedimentos e eficiência nas ações

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Gripe suina o que é, tem remedio e quais os sintomas

Gripe Suina, saiba o que é, se há remédio e qual o nome do medicamento, quais os sintomas com a possível ameaça de uma pandemia (doença que ameaça a saúde mundial), todos devem estar se perguntando se esta nova doença tem cura, uma das drogas usadas contra a gripe suína tem o nome de Tamiflu.
Não existe ainda vacina .para esta .(gripe de porcos), para os porcos existe vacina mas ela não funciona em humanos.
O Ministério da Saúde brasileiro pode enfrentar esse poderoso vírus mutante de gripe? O Tamiflu está sendo divulgado na mídia e em alguns locais como aeroportos já estão faltando medicamento e máscaras no estoque, mas o Ministério da Saúde do Brasil alerta que a medicação só pode ser vendida com receita médica e informou que tem estoque do medicamento suficiente para tratar nove milhões de pacientes. ( Mas este remédio ainda não tem comprovações cabais de que funcione).O que é gripe suina?
Uma doença causada pelo virus influenza H1N1 que costuma afetar apenas porcos, mas os vírus costumam sofrer mutações e assim este vírus adquiriu a capacidade de contaminar humanos,e o pior é que ele pode ser passado de pessoa para pessoa. A doença vírus dessa gripe veio do porco, mas que não ha risco de contágio pelo consumo de carne de porco, mas, se o animal tem a gripe, ele tosse e essas secreções acabam contaminando quem lida com os porcos.
No Brasil o MS informou nesta terça-feira (28) que há 20 casos de pessoas com suspeita de contaminação pela gripe suína no Brasil, casos registrados em oito estados do país.
Quais são os sintomas?- febre, - letargia- falta de apetite- tosseOs doentes pode apresentar também coriza, garganta seca, náusea, vômito, diarréia…
A forma de evitar o contágio é não ter contato com o doentes, ou pessoas vindas de locais com casos confirmados da doença, e pensar três vezes antes de ir para locais onde há casos confirmados de gripe suína.
O Ministério da Saúde disponibilizou o telefone do Disque-Saúde , para tirar dúvidas da população sobre a gripe suína: 0800 611997.
São 8 países que já tem casos confirmados de gripe suína, ela surgiu no México e estima-se que tenha causado 52 mortes, de lá foi para os Estados Unidos (64 casos), Canadá (6), Espanha (2), Escócia (2), Nova Zelândia (3), Israel (2) e Costa Rica (1).

A gripe suina

A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que alguns dos casos registrados são formas não conhecidas da variedade H1N1 do vírus Influenza A.
Este vírus da gripe suína é geneticamente diferente do vírus H1N1 que vem atacando humanos nos últimos anos e contém DNA associado aos vírus que causam as gripes aviária, suína e humana, incluindo elementos de viroses européias e asiáticas.
No Brasil, o Ministério da Saúde informou que subiu para 30 o número de casos suspeitos de gripe suína no País.

Mais amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial e parte dos resultados pode sair ainda nesta sexta-feira.
Segundo o ministério, os casos suspeitos estão em São Paulo (10), Rio de Janeiro (5), Minas Gerais (3), Paraná (3), Distrito Federal (2), Goiás (2), Santa Catarina (2), Mato Grosso do Sul (1), Pernambuco (1) e Rondônia (1).
Além disso, 18 casos estão em monitoramento em sete Estados e chegou a 113 o número de casos descartados. Até ontem, havia 20 casos em monitoramento, 24 suspeitos e 110 descartados

Raios cósmicos contribuíram com a física no Brasil

As pesquisas sobre raios cósmicos no Brasil contribuíram para o início do desenvolvimento da física no país e conquistaram destaque internacional. O maior êxito aconteceu em 1947 com a descoberta da subpartícula méson pi, pelo físico brasileiro César Lattes, a partir de análises de raios cósmicos. Logo após a descoberta, Lattes também descobriu como fazer a produção artificial dessas subpartículas. O avanço nessa área possibilitou o surgimento de novas instituições científicas, como o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) e o Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). Hoje o Brasil tem tradição no estudo de raios cósmicos e em outras áreas da física com importantes núcleos de pesquisa nas universidades e centros, como o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron de Campinas, o único com esse tipo de equipamento no hemisfério sul, utilizado para analisar os átomos e as moléculas.
No começo da história do Brasil, da época do Brasil Colônia até a começo da República, não havia muitos exemplos de pesquisas científicas e de estudos na área da física. Mas houve alguns feitos extraordinários, como a experiência do padre Bartolomeu de Gusmão que, em 1709, conseguiu fazer subir uma balão com ar quente. Santos Dumont, apesar de se dedicar mais à engenharia e à aerodinâmica, também se preocupava com fórmulas físicas para fazer voar um objeto mais pesado do que o ar, o que possibilitou a invenção do avião.
O primeiro laboratório de física e química do Brasil só surgiria em 1823, instalado no Museu Nacional por João da Silveira Caldeira, onde aconteceram as primeiras aulas práticas de física para médicos e militares do Rio de Janeiro. Mas foi Joaquim Gomes de Souza o cientista considerado o primeiro físico do Brasil. Ele nasceu no Maranhão em 1829 e produziu muitos trabalhos sobre física e matemática apresentados em instituições científicas da França e da Inglaterra, onde morreu em 1856. No começo do século 20, os estudos sobre física eram feitos por poucos professores das escolas superiores. Em 1925, o físico Albert Einstein visitou o Brasil, encontrando o professor Roberto Marinho de Azevedo, que fez as exposições anunciando a Teoria da Relatividade.
O ano de 1934 marcou o início de uma nova fase no desenvolvimento da física no Brasil, com a produção de trabalhos de dois importantes centros de pesquisa, o Instituto Nacional de Tecnologia do Rio de Janeiro e o então recém-criado Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP). No Rio de Janeiro, o instituto era coordenado por Bernardo Gross, que se dedicou inicialmente aos estudos teóricos dos raios cósmicos. Em São Paulo, o orientador era Gleb Wataghin, direcionado às pesquisas experimentais e teóricas para as áreas de radiação cósmica e física nuclear

terça-feira, 14 de julho de 2009

As mulheres na Ciência

Todos estamos cientes da sub-representação da mulher na ciência, predominantemente quando nos referimos a cargos de liderança. Um exemplo elucidativo é o facto de apenas dez por cento dos cientistas contemplados com o prémio Nobel desde a sua criação em 1901 serem do sexo feminino. No entanto, isso torna-se um paradoxo, quando nos apercebemos que o nível de escolaridade da mulher está a aumentar comparativamente ao do homem em todo o mundo. Um número crescente de estudantes do sexo feminino entra nas universidades em áreas tão díspares como as humanidades, a medicina ou até mesmo as engenharias, sendo estes últimos cursos maioritariamente masculinos há pouco mais de dez anos.
* Subdirectora do Ciência Hoje Professora de Bioquímica, Faculdade de Medicina, Universidade do Porto
Mas como se explica este paradoxo? A principal causa é a pressão que a sociedade exerce na mulher. A ciência é uma actividade apaixonante, que combina a curiosidade característica do Homem com o interesse em descobrir novos caminhos que possam ajudar a humanidade a ultrapassar os problemas quotidianos, sejam eles de índole científica ou tecnológica. No entanto, esta actividade requer um grande esforço por parte dos profissionais. Para além das muitas horas passadas no laboratório, a ciência requer muito tempo de leitura, de reflexão e de discussão.
A somar a estas tarefas diárias, frequentemente os cientistas têm que se ausentar dos seus locais de trabalho para participarem em congressos e reuniões, ou realizarem estágios noutras instituições que são essenciais para a actualização dos conhecimentos e para o sucesso das suas carreiras. O esforço da mulher, particularmente quando tem uma actividade tão cativante como a ciência, é ainda bastante superior ao do homem hoje em dia. A sociedade nas últimas décadas tem vindo a alterar-se, fazendo com que homens e mulheres partilhem as tarefas domésticas. Cada vez mais os homens são capazes de cuidar dos filhos e da organização do lar.
Porém, a mulher continua a ter a seu cargo a gestão destas tarefas familiares. Por isso, torna-se difícil (e por vezes quase incompatível) conciliar a actividade profissional numa área tão absorvente como a ciência, com a vida familiar e social dinâmica da actualidade. Por outro lado, sendo a ciência tão fascinante, facilmente nos embrenhamos no trabalho dias a fio, ficando as restantes actividades do dia-a-dia para segundo plano. O que seria da ciência sem as mulheres? De um modo geral, a mulher apresenta várias qualidades fundamentais para o desenvolvimento de uma carreira científica bem sucedida. Entre estas destacam-se a imaginação, o espírito criativo, a perseverança, o empenho e o entusiasmo. Estas qualidades tornam a mulher um importante impulsionador da ciência.
Neste dia internacional da mulher, é importante realçar a garra que caracteriza as mulheres do século XXI, envolvendo-se sem receio em variadíssimas áreas da sociedade às quais durante muito tempo não tinham acesso. A ciência, pelo seu carácter absorvente, é um dos exemplos paradigmáticos. Mas a contribuição da mulher em áreas da ciência como a matemática, a astronomia, a química, a medicina, a agricultura ou a biologia, é já de longa data. Há quatro mil anos uma sacerdotisa na Babilónia dedicou-se ao estudo das estrelas, constituindo uma referência importante para os astrónomos e matemáticos que a sucederam.
O conhecido “banho-Maria” que todos nós usamos diariamente no laboratório, e que contribuiu para o desenvolvimento de muitas áreas da ciência e da indústria, é atribuído a uma química, Maria la Hebrea, que viveu no século I em Alexandria. Já no século XX, o papel das mulheres na ciência tornou-se cada vez mais conhecido. Marie Curie é sem dúvida o caso mais marcante que culminou com a atribuição de dois prémios Nobel (da física em 1903 juntamente com o seu marido, e da química em 1911, pela descoberta de dois elementos químicos). É verdade que a prevalência de mulheres na ciência tem aumentado significativamente nas últimas décadas. Contudo, ainda há um longo caminho a percorrer até atingirmos a igualdade em número de homens e mulheres na ciência. Será que um dia veremos a versão feminina do estereótipo do cientista de bata branca, com os óculos na ponta do nariz e o cabelo desgrenhado? Esperemos que não! Primeiro porque não é saudável, e em segundo lugar porque o papel da mulher (tal como a do homem) na sociedade não se limita à sua profissão.
A educação dos filhos, por exemplo, é imprescindível e salutar quer para os filhos quer para as mães. Talvez no meio esteja a virtude! Tentemos manter uma vida saudável, tornando compatível uma carreira científica de sucesso com a estabilidade de uma vida familiar que todos desejamos. Não é fácil, mas não é de todo impossível! Evocando Darwin, neste ano em que se comemora o bicentenário do seu nascimento, podemos dizer que a diversidade (neste caso de actividades) é essencial para a evolução.
Comentários
Margarida Collares Pereira, em 2009-03-09 às 13:18, disse:Não posso estar mais de acordo com o que é dito neste texto sobre a dificuldade de ser-se "mulher e cientista", quando nos entregamos de alma e coração a estas duas realidades. De facto, é no meio que está a virtude (como é referido) e oxalá esta premissa se consiga alcançar sempre, para que a diversidade feminina seja, na realidade, um contributo para a evolução, sem perda da sua função major na família e na sociedade.

sexta-feira, 3 de julho de 2009


Quando o robô-cientista foi apresentado pela primeira vez ao mundo, em 2004, ele cabia sobre uma mesa (veja Criado um robô-cientista).
Agora, quando os pesquisadores acabam de anunciar que ele se tornou responsável pela primeira descoberta científica feita por uma máquina, trabalhando de forma totalmente independente, ele nem de longe lembra o seu protótipo inicial.
Adão, o primeiro robô-cientista
Adão (Adam), o robô-cientista, cresceu e cresceu muito. Hoje, ele é uma máquina enorme, do tamanho de um container, que ocupa uma sala especial na Universidade de Aberystwyth, no Reino Unido.
Seu dispositivo de análises biológicas é servido por braços robóticos idênticos aos robôs industriais usados na montagem de automóveis, diversos tipos de alimentadores, vários computadores e toda uma parafernália eletrônica para controlar tudo.
E, a depender do professor Ross King, criador do robô-cientista Adão, isto é apenas o começo. "No futuro, nós esperamos ter equipes de cientistas humanos e cientistas robôs trabalhando juntos nos laboratórios," diz ele.
Primeira descoberta científica de um robô
Usando sua inteligência artificial, Adão levantou hipóteses sobre genes da levedura usada como fermento para pães (Saccharomyces cerevisiae) que codifica enzimas específicas que catalisam as reações químicas no fermento.
Os cientistas estavam em busca as origens das chamadas "enzimas órfãs", enzimas que os cientistas não sabem quais genes as codificam. Adão selecionou mutações da levedura, incubou as células e mediu suas taxas de crescimento. E levantou 20 hipóteses sobre genes que codificariam 13 enzimas.
Levantadas as hipóteses, ele fez o que de melhor sabe fazer: repetiu à exaustão os testes destinados a avaliar se a hipótese seria confirmada ou não pelos experimentos. E o resultado deu positivo para 12 das 13 enzimas, que agora não são mais órfãs.
Os cientistas então repetiram manualmente os experimentos de Adão para confirmar que sua descoberta era realmente nova e válida. Novo resultado positivo. Podia então ser anunciada a primeira descoberta científica de um robô.
Auxiliar valioso
A rigor é um tanto forçado creditar a descoberta inteiramente ao robô. Chamá-lo de cientista também requer um pouco de boa-vontade com a máquina - veja abaixo um esquema de toda a sua estrutura.
O que torna Adão realmente valioso no laboratório é a sua capacidade de conduzir experimentos repetitivos de forma precisa e incansável, algo normalmente deixado para auxiliares e estudantes de graduação. Contudo, nem mesmo estudantes de graduação gostam de ficar repetindo os passos de um experimento a cada 20 minutos, dia e noite.
"Como os organismos biológicos são extremamente complexos, é importante que os detalhes dos experimentos biológicos sejam registrados com grande detalhe. Isso é difícil e entediante para os cientistas humanos, mas muito fácil para robôs-cientistas," diz o professor King.
Há que se considerar também que o programa de computador que controla todas as ações do robô-cientista foi elaborado pelos cientistas humanos. O algoritmo contém todo o roteiro para a condução da pesquisa, embora o programa de inteligência artificial seja capaz de aprender com as sucessivas etapas do experimento, guiando-se pelos resultados anteriores para estabelecer hipóteses mais promissoras para os novos testes.
Das costelas de Adão
Agora os cientistas estão projetando um novo robô-cientista, que será voltado para experimentos que auxiliem no descobrimento de novos medicamentos.
Para fazer companhia a Adão, o novo robô será uma robô-cientista e se chamará Eva.
"Se a ciência se tornar mais eficiente ela poderá ajudar melhor a resolver os problemas da sociedade. Uma das formas de tornar a ciência mais eficiente é através da automação. A automação foi a força por trás de grande parte do progresso dos séculos XIX e XX, e isto deverá continuar," prevê o cientista-humano Ross King.

Cientistas descobrem 56 novas espécies na Papua-Nova Guiné

A descoberta de 56 espécies provavelmente novas para a ciência, com destaque para uma lagartixa, uma perereca, dois sapos e aranhas saltadoras, durante uma expedição às montanhas da região central da Papua-Nova Guiné, ilha localizada no Oceano Pacífico. A expedição Programa de Avaliação Rápida (RAP, da sigla em inglês), liderada pela Conservação Internacional (CI), durou um mês e foi realizada entre julho e agosto de 2008. Participaram da expedição cientistas locais, da CI e das universidades de British Columbia (UBC), do Canadá, e Montclair State, dos Estados Unidos, além de membros das comunidades da região.Mais de 600 espécies foram registradas durante a expedição. Desse total, 50 aranhas, duas plantas, dois sapos, uma perereca e uma lagartixa são provavelmente novas para a ciência. Entre os anfíbios, estão um sapinho marrom que emite um som alegre e agudo (Oreophryne sp.), uma perereca verde clara de olhos enormes (Nyctimystes sp.) e um sapo de cachoeira que tem um canto alto e estridente (Litoria sp.). A lagartixa (Cyrtodactylus sp.) foi a única do seu tipo encontrada em ambientes densos de floresta na área estudada pelo RAP.“As montanhas Kaijende e os vales no seu entorno são umas das maiores áreas selvagens e intocadas da Papua-Nova Guiné e são habitadas por clãs tribais locais. Essas florestas são essenciais para o estilo de vida tradicional desses povos”, afirma Steve Richards, o cientista da CI que liderou a expedição.Essa área selvagem é fonte vital de caça e coleta de produtos florestais para as comunidades de clãs locais, além de ser fonte importante de água potável para dezenas de milhares de pessoas que vivem em vales próximos. Em uma perspectiva mundial, a área tem papel fundamental na desaceleração da mudança climática por meio do sequestro de grandes quantidades de dióxido de carbono.Como parte da expedição, o antropólogo da Montclair State University, William Thomas, trabalhou com os clãs Hewa para documentar a história natural e o conhecimento local sobre os recursos naturais como parte do projeto “Forest Stewards”, uma iniciativa lançada por Thomas e pelo cientista da CI, Bruce Beehler.“Dr. Thomas dedicou sua vida profissional ao estudo de sistemas tradicionais de conhecimento dos povos Hewa. A forma de gestão e o conhecimento que esses povos têm acerca dessa enorme área selvagem levou à conservação de seus animais e do meio ambiente. O objetivo do Dr. Thomas é ajudar os Hewa a manter o bom manejo da área no próximo século, visando tanto ao bem-estar das pessoas que moram ali quanto à saúde do planeta como um todo”, explica Beehler.Entre as espécies de aranhas, a descoberta de três gêneros inteiramente novos merece destaque, segundo o cientista da UBC, Wayne Maddison, que também é diretor do Beaty Biodiversity Museum. “Elas são linhagens evolutivas bastante distintas e que eram desconhecidas até então, dentro de um grupo que já é muito diferente na árvore evolutiva das aranhas saltadoras”, aponta Maddison. “A posição chave desses gêneros na árvore evolutiva vai nos ajudar a entender como esse grupo único de aranhas saltadoras evoluiu”. Grande parte das áreas selvagens da Papua-Nova Guiné continua sem ser explorada para documentação científica. O programa RAP da CI planeja mais três expedições ao país a partir de abril deste ano.A expedição cujos resultados estão sendo anunciados hoje foi financiada pela Porgera Joint Venture (PJV), uma propriedade da Barrick Gold Corporation. O relatório resultante vai prover informação para aqueles tomadores de decisão que buscam o equilíbrio entre o desenvolvimento e a proteção da biodiversidade, visando beneficiar as comunidades locais e os ecossistemas mundiais. As descobertas serão utilizadas para subsidiar estratégias futuras de conservação, as atividades de mineração da PJV e as políticas de desenvolvimento dos governos local e nacional.“Isso mostra como somos comprometidos com a responsabilidade ambiental. Estamos satisfeitos em poder contribuir com a descoberta de novas plantas e animais e, principalmente, com a sua preservação para as gerações futuras”, conta o gerente geral da Barrick Gold Corporation na Papua-Nova Guiné, Mark Fisher.Desde 1990, o programa RAP da CI realizou mais de 60 expedições pelo mundo e descobriu mais de 700 espécies provavelmente novas para a ciência. O website “Discovering Species” (www.conservation.org/discoveries) foi lançado recentemente e oferece informações detalhadas, em inglês, sobre as expedições realizadas pela CI, como as RAP, e também traz algumas das descobertas. O conteúdo do site inclui a descrição de espécies – muitas vezes feitas pelos cientistas que as descobriram – fotos, relatórios de campo das expedições e documentos técnicos disponíveis para download.