quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Existe algum peixe que saiba contar?

Sim, os peixes da espécie Gambusia hol­brooki sabem calcular até 4! Pelo menos essa foi a conclusão de um grupo de cientistas da Universidade de Pádua, na Itália, após realizar uma série de estudos com o animal. O objetivo da pesquisa era medir a capacidade do peixe de diferenciar cardumes pelo tamanho e número de integrantes. Essa espécie tem apenas 6 centímetros de comprimento, é originária da América do Norte e se alimenta de larvas de mosquito. No mar, tende a formar grupos numerosos para se proteger de predadores. Num experimento em laboratório, os cientistas colocaram um exemplar do G. holbrooki num lado de um aquário diante de dois grupos de peixes de tamanhos diversos. O peixinho solitário reconheceu o maior conjunto e juntou-se a ele. Segundo o pesquisador Christian Agrillo, que conduziu o estudo, o peixe optou pelo grupo mais numeroso sempre que ficou diante de cardumes com dois ou três membros ou com três ou quatro integrantes. Mas, quando teve que escolher entre pequenos cardumes com cinco ou seis peixes, ele não conseguiu se decidir. Com base nisso, os cientistas concluíram que o G. holbrooki sabe contar até 4.

Qual a diferença entre cão, lobo e raposa?

Há várias diferenças, como o porte, os hábitos alimentares, a organização social e o comportamento em relação ao homem. Mas existe também muita coisa em comum entre cão, lobo e raposa: os três fazem parte da família dos canídeos, que inclui também o chacal, o lobo-guará, o coiote e o mabeco. No total, há 34 espécies de canídeos. São animais de porte médio e onívoros - preferem comer carne de outros bichos, mas, numa situação de escassez de alimentos, até encaram uma plantinha. Ao longo dos tempos, eles deixaram de ocupar apenas a América do Norte e se especializaram em caçar em planícies abertas. Os caní-deos de grande porte costumam viver em matilhas, enquanto os menores são chegados a uma vida mais solitária. Segundo os zoólogos, existe apenas uma espécie de lobo, o cinzento, dividida em várias sub-espécies - o cachorro doméstico é uma delas. Por serem parentes próximos, ambos da tribo Canini, cães e lobos podem até cruzar e gerar filhotes híbridos.
CONSULTORIA: ERIKA HINGST-ZAHER, ZOÓLOGA ESPECIALIZADA EM MAMÍFEROS DO MUSEU DE ZOOLOGIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP)
Mundo cão
Dentro de todo cãozinho domesticado há um ancestral selvagem
Lobo
O lobo-cinzento (Canis lupus) é um canídeo selvagem, não domesticado, que vive em alcatéias, grupos liderados por um macho e uma fêmea adultos. Ele pode atingir 2 metros de comprimento e pesar mais de 60 quilos. As cerca de 15 subespécies habitam florestas ou planícies da Europa, Ásia, Estados Unidos, Canadá e Norte da África, mas, em alguns lugares, como o Japão, estão à beira da extinção por causa da perseguição do homem
Raposa
A raposa-vermelha (Vulpes vulpes) é a mais comum das 16 espécies de raposas. Depois do homem, ela é o mamífero terrestre com maior distribuição no mundo - está presente em 83 países dos cinco continentes. As raposas são animais de pequeno ou médio porte, cuja má fama (se o chamarem de "raposa", não é um elogio) vem dos ataques a animais criados em propriedades rurais. Elas vivem em todo canto, em locais tão diversos como florestas, pântanos, desertos e savanas
Cão
Dos três (cão, lobo e raposa), o cachorro (Canis lupus familiaris) é o único domesticado pelo homem, em um processo que começou há 135 mil anos. Os primeiros cães domésticos exerciam o papel de guarda e caça. As mais de 400 raças de cachorros que existem atualmente resultam da seleção feita pelo homem
Cara de um, focinho de outro
O que cães, raposas e lobos têm em comum
CÃES’ ANATOMY
As patas dianteiras dos canídeos têm quatro ou cinco dedos, e as traseiras, só quatro. A cauda comprida é usada na comunicação entre os indivíduos: os animais submissos, por exemplo, colocam o rabo entre as pernas diante do dominante. Já as pernas longas e a audição e o olfato apurados são resultado da evolução das habilidades desses caçadores
HERÓIS DA RESISTÊNCIA
Boa parte dos canídeos de médio e grande porte prefere caçar em grupo. Embora não usem o elemento surpresa nem sejam tão velozes quanto certos felinos, eles têm excelente resistência e acabam capturando suas presas pelo cansaço. Algumas caçadas podem se prolongar por dias
VELHOS CONHECIDOS
Os canídeos são dos mais antigos carnívoros do planeta. Os primeiros ancestrais viveram na América do Norte há 30 milhões ou 35 milhões de anos, quando os dinossauros já haviam sido extintos. Acredita-se que eles evoluíram dos miacídeos, uma família de mamíferos placentários e carnívoros já extinta
INVASÃO GLOBAL
Exceto na Antártida e em algumas ilhas da Oceania, os canídeos estão presentes em todo o mundo. A dispersão desses animais ocorreu cerca de 6 milhões de anos atrás. Eles atravessaram o estreito de Bering, que liga o Alasca à Rússia, e se espalharam pela Ásia, Europa e África. À Austrália, chegaram levados pelo homem
Feito cães e gatos
Da pata ao focinho, veja as diferenças entre canídeos e felídeos
• As garras dos felídeos são retráteis, e as dos canídeos não. É isso que faz com que os felídeos subam em árvores - coisa que os canídeos não fazem
• A boca dos canídeos tem de 38 a 42 dentes, enquanto a dos felídeos tem, no máximo, 30. A redução do número de dentes aumenta a potência da mordida, um traço importante nos felinos, animais que só se alimentam de carne
• Felídeos e canídeos são da ordem carnívora, mas os felinos pertencem à subordem felifórmia, enquanto os canídeos são da subordem canifórmia

É verdade que o "quac" dos patos não produz eco?

Não. O mito caiu por terra em 2003, após a experiência de um especialista em acústica da Universidade de Salford, na Inglaterra. O professor Trevor Cox pegou a pata Dayse ("Margarida", em inglês) e a colocou dentro de uma câmara anecóica (que não produz eco nenhum), e depois em uma câmara de reverberação (repleta de ecos). Gravou os quacs da ave nas duas câmaras e os analisou com a ajuda de programas de computador. Resultado: o quac tem, sim, eco, mas ele é quase inaudível por causa da forma como é emitido. Os patos fazem um "quaaaac" bem demorado, que começa alto e termina baixinho. Isso "disfarça" o eco e faz com que ele praticamente não seja percebido. Na real, todo som é capaz de ecoar. "É preciso ficar claro que não é o som em si que emite eco, mas as superfícies que refletem as ondas sonoras emitidas pela fonte", diz Sylvio Bistafa, professor de acústica da Universidade de São Paulo (USP). O eco nada mais é que uma reflexão de som que chega ao ouvinte pouco tempo depois de o som direto ter sido emitido. Para ecoar, a superfície que reflete o som tem que ser feita de um material polido e denso, que não absorva o som, e que esteja a mais de 17 metros de distância da fonte emissora. Objetos macios como cortinas e madeira absorvem as ondas e quase não refletem o som - por isso as paredes dos auditórios são cobertas por esses materiais. Todo o estudo sobre o que leva o eco do quac a quase passar batido ajudará na melhora de ambientes onde ecos são indesejados, como salas de concerto, teatro e cinema.

Por que os peixes têm espinhas e não ossos como outros bichos?

As espinhas, na verdade, são ossos finos e pontiagudos que compõem o esqueleto de 90% das espécies de peixes. “Assim como os ossos dos mamíferos, as espinhas dos peixes são compostas, basicamente, de carbonato de cálcio”, explica o biólogo Leandro Sousa, mestre em ictiologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Isso vale para espécies de água doce e salgada, como sardinha, carpa e tilápia, da classe Osteichthyes. No caso de tubarões e raias, da classe Chondrichthyes, o esqueleto é de cartilagem – material formado por fibras de colágeno e revestido com pericôndrio, tecido que o torna mais rígido. O esqueleto dos peixes ósseos tem três estruturas principais: crânio articulado, com maxila e mandíbula, coluna vertebral e raios que sustentam e dão forma às nadadeiras.

Qual felino é o melhor caçador?

O leopardo é o que tem a tática de caça mais sofisticada, mas o guepardo é mais veloz, o leão ataca em grupo, o tigre abate presas maiores e a onçapintada tem a dentada mais violenta. Ou seja, as cinco principais espécies de felinos dividem democraticamente a vantagem nas principais características de caça. Todos eles são carnívoros e muitas vezes disputam as mesmas presas. “Mas essas semelhanças não são suficientes para comparar e avaliar se uma espécie de felino caça melhor que outra”, diz o biólogo Rogério de Paula, do Centro Nacional de Pesquisas para Conservação dos Predadores Naturais. “A sobrevivência da espécie ao longo do tempo, sim, é um forte indício de que o estilo de caça é eficiente”, completa Rogério. :o{ CLUBE DOS CINCOApesar de menores, leopardo e guepardo não fazem feioO MAIS AGRESSIVO: ONÇA-PINTADAPrincipais presas: Capivara, queixada, veado,anta, tatu, tartaruga, jacaré etc.As pintas – ou rosetas – servem como camuflagem na hora da caçada. Os grossos dentes caninos não se quebram ao morder ossos ou cascos e os músculos da mandíbula tornam a mordida uma das mais poderosas O maior felino das Américas quase sempre ataca metendo os dentes caninos no crânio ou no pescoço das presas. Isso permite que a onça se alimente de animais literalmente casca-grossa, como tatus e tartarugas, e de “cabeças-duras”, como búfalos.O MAIS “ESPERTO”: LEOPARDOPrincipais presas: Antílopes de médio porteA estrutura muscular reforçada, principalmente nas patas dianteiras, permite que o leopardo carregue presas com até o triplo de seu próprio peso para alturas superiores a 10 metros Por ser um felino de médio porte, o leopardo compensa a menor força na mandíbula com muita agilidade. Depois de sufocar a presa com uma mordida na garganta, ele a leva para o alto de árvores, evitando que outros predadores roubem o alimento.O MAIS SOCIÁVEL: LEÃOPrincipais presas: Zebra, gnu, entre outros mamíferos com cascoOs leões contam com a grande juba para parecer maiores do que realmente são e impor respeito a outros animais. As leoas têm grande força muscular para derrubar animais de grande porte O “rei da selva” vive em grupos de até 30 indivíduos, formados por poucos machos adultos, que protegem várias fêmeas e filhotes. Na hora da caça, rola um trabalho coletivo: as leoas se juntam, cercam a presa e a abatem. Os machos adultos não participam do ataque, mas são os primeiros a comer.O MAIS COMILÃO: TIGREPrincipais presas: Veado, javali e até búfaloAlém do grande porte e da força nas patas – características comuns a leões e onças, que ajudam na hora de derrubar presas grandes –, os tigres têm as listras para ajudar na camuflagem O maior dos felinos, com até 3 metros de comprimento (sem contar o rabo de 1 metro) e 300 quilos de peso, pode abater búfalos de até 1 tonelada. Como aperitivo, chega a mandar até 40 quilos de comida para o bucho logo depois da caça só para matar a fome mais urgente.O MAIS VELOZ: GUEPARDOPrincipal presa: GazelaGarras não retráteis ajudam na arrancada, o corpo esguio e a coluna vertebral mais flexível auxiliam na aerodinâmica e aumento da velocidade, e o rabo comprido dá estabilidade para manobras velozes Por não ter corpo e mordida tão fortes, o guepardo se garante na velocidade, superando os 110 km/h. Depois de percorrer 500 metros em velocidade máxima, porém, o bichano fica tão cansado que pode acabar virando presa.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Quanto tempo leva para nossas coisas se decomporem?

LIXÃO ETERNOO vidro não é digerido por bactérias, não se deforma sob calor ou luz solar e nem reage com substâncias do solo, mar e ar. Espelhos, garrafas e tudo que é feito de vidro só se degrada ao passar por impactos sucessivos, quebrando aos poucos, durante milênios de erosãoCASCA GROSSAVários tipos de plástico levam mais de cem anos para se degradar, de acordo com o ambiente em quesão abandonados. Nessa categoria, também entram derivados de plástico super-resistentes - caso do isopor, que nem dá para reciclar LONGA VIDATecidos sintéticos, metais, couro, borracha e alguns plásticos biodegradáveis duram, no máximo, um século. Esses materiais são traçados por bactérias, degradados pela luz solar ou decompostos naturalmente - quando um metal oxida e vira ferrugem, por exemploFAST FOODAlguns materiais de origem orgânica são digeridos mais facilmente por fungos e bactérias. Papel, tecidos de algodão e restos de alimento não duram mais que um ano de abandono em lixões e calçadas - ainda bem!VALIDADE INEXATAExposição dos materiais a diferentes tipos de ambiente torna o cálculo do tempo de decomposição imprecisoOs tempos de decomposição que você vê nesta reportagem variam muito, dependendo do ambiente - solo com material orgânico ou cimentado -, se o objeto está enterrado ou exposto a ventos, sol e ar ou, ainda, se for abandonado no mar. Além disso, materiais como plásticos não existem há tempo suficiente para que se observe, com exatidão, o quanto demoram para se decompor . A leveza e praticidade do isopor fizeram seu uso bombar em embalagens, mas ele não se desmancha em menos de 500 anos. Os metais pesados das baterias de eletrônicos não se decompõem, carregando o meio ambiente de poluição. Metade das garrafas de plástico PET produzidas no Brasil são recicladas - na natureza, o material leva 200 anos para se decompor. O látex de borracha natural, matéria-prima da camisinha, é duro na queda e dura até 20 anos. Os ingredientes que colorem e adoçam um chiclete se degradam em cinco anos . Quem joga a ME no lixo desperdiça informação e papel - que leva de seis meses a um ano para sumir do mapa. O couro de bolsas, casacos e carteiras contém fibras naturais que levam até 50 anos para desaparecer. Restos de fruta podem durar seis meses até serem digeridos por insetos e micro-organismos. Sacolas plásticas duram 200 anos soterradas no lixo. Sob a luz do Sol, somem em um ano, graças aos raios UV . Há quem defenda o uso de absorventes reutilizáveis, feitos com paninho de algodão, já que os industrializados se degradam em cem anos . O plástico PHB, de cartões de crédito, é biodegradável, e faz volume no lixo por dois anos . Camisetas, jeans e tecidos de algodão - fibra natural - demoram até um ano para se desintegrar. Piercing, anéis e outros objetos de aço duram dez anos na natureza, até enferrujar. Garrafinhas de esguicho são feitas de polietileno de baixa densidade, e se degradam em até 20 anos. Fungos e insetos traçam a madeira de lápis e de palitos em seis meses . A borracha de pneus, solados de tênis e bolas de basquete levam até 80 anos para se decompor. O alumínio que compõe as latas de refri, o interior de embalagens longa-vida e a película espelhada dos CDs leva até cem anos para ser incorporado pela natureza

Que animais ainda são usados para fazer casacos de pele?

Desde focas e chinchilas até raposas e linces, milhões de animais são mortos todos os anos para a confecção de casacos de pele no mundo. Só na França são abatidos 70 milhões de coelhos por ano para esse fim. Mas a indústria dos casacos de luxo é alvo de críticas. Para as organizações de defesa dos animais, mais do que injustificada - há tecidos sintéticos e naturais que cumprem a função -, a atividade é extremamente cruel. O sofrimento já começaria na captura do bicho, que pena nas mãos dos caçadores - as focas, por exemplo, são mortas a pauladas na cabeça, para não danificar a pele. Mesmo quando criados em cativeiro, os animais viveriam em condições degradantes e padeceriam horrores na hora de extrair a pele. Os produtores, por sua vez, contestam o que chamam de sensacionalismo das entidades. "No caso da chinchila, a morte ocorre pelo destroncamento de uma das vértebras cervicais. É um processo indolor, sem sangue ou sofrimento", diz Carlos Perez, presidente da Associação dos Criadores de Chinchila Lanífera (Achila). Para os defensores dos bichos, porém, a crueldade fica óbvia quando se leva em conta que, ao contrário do que rola com vacas e frangos - mortos para alimentar pessoas -, no caso da indústria da moda os animais são sacrificados apenas para alimentar a vaidade alheia.MATADO PARA VESTIRConfira o polêmico passo-a-passo da confecção de um casacão de madame1. Os animais usados para fazer casacos de pele podem ser criados em cativeiro (como chinchilas, coelhos e martas) ou ser caçados em seu habitat (como focas, ursos e lontras). O abate rola quando o bicho atinge a maturidade e ocorre sempre no inverno, quando o pelo é mais longo, brilhante e abundante2. Há vários modos de abater o bicho. Eles podem ser mortos a pauladas, ser estrangulados - método indolor, segundo os produtores - ou, entre outras técnicas para resguardar a pele, ser eletrocutados com a introdução no ânus de ferramentas que fritam os órgãos internos3. Depois que o animal é morto, é hora de extrair sua pele. Há várias formas de escalpelá-lo, algumas mais profissionais e outras rudimentares e violentasProfissionala. Nas fazendas de criação de chinchilas, faz-se um pequeno corte no lábio inferior do animal e outro próximo ao órgão genitalb. Em seguida, é introduzida uma vareta de ferro de um ponto a outro. Ela funciona como um suporte-guia para o cortec. Com um bisturi, se desprega a pele do animal, evitando danificá-la. Quanto mais intacto o couro, maior o seu valor de mercadoAmadora. Nos modos mais cruéis, como rola em alguns locais da China, o animal é morto a pauladas e suas patas são decepadasb. O bicho então é dependurado pelo coto da pata, e seu couro é extraído a partir desse ponto com a ajuda de uma facac. A pele é puxada com força, como se fosse tirada ao avesso. Em muitos casos, o animal ainda está vivo durante esse processo4. Uma vez retirada, a pele é presa com alfinetes ou pregos numa tábua, onde ficará por alguns dias no processo de secagem. Nessa etapa, ela ganha forma definitiva e não vai mais encolher nem sofrer deformações5. O passo seguinte é o curtimento da pele. Num curtume, ela passa por banhos químicos para retirada de sujeiras, cheiro e gordura, evitando que apodreça mais tarde. Ela também pode ser tingida6. Após o curtimento, as peles vão para as confecções, onde são costuradas umas nas outras até tomarem a forma de um casaco. No acabamento, é aplicado um forro, em geral de cetim, na parte internaROUPA TAMANHO MORTEVeja quantos animais precisam ser mortos para fazer um casaco de pele de comprimento médio.

125 arminhos .

100 chinchilas.

70 martas-zibelinas.

50 martas-canadianas.

30 ratos-almiscarados.

30 coelhos.

27 guaxinins.

17 texugos.

16 coiotes.

14 lontras.

11 linces.

9 castores

Que animais ainda são usados para fazer casacos de pele?

Desde focas e chinchilas até raposas e linces, milhões de animais são mortos todos os anos para a confecção de casacos de pele no mundo. Só na França são abatidos 70 milhões de coelhos por ano para esse fim. Mas a indústria dos casacos de luxo é alvo de críticas. Para as organizações de defesa dos animais, mais do que injustificada - há tecidos sintéticos e naturais que cumprem a função -, a atividade é extremamente cruel. O sofrimento já começaria na captura do bicho, que pena nas mãos dos caçadores - as focas, por exemplo, são mortas a pauladas na cabeça, para não danificar a pele. Mesmo quando criados em cativeiro, os animais viveriam em condições degradantes e padeceriam horrores na hora de extrair a pele. Os produtores, por sua vez, contestam o que chamam de sensacionalismo das entidades. "No caso da chinchila, a morte ocorre pelo destroncamento de uma das vértebras cervicais. É um processo indolor, sem sangue ou sofrimento", diz Carlos Perez, presidente da Associação dos Criadores de Chinchila Lanífera (Achila). Para os defensores dos bichos, porém, a crueldade fica óbvia quando se leva em conta que, ao contrário do que rola com vacas e frangos - mortos para alimentar pessoas -, no caso da indústria da moda os animais são sacrificados apenas para alimentar a vaidade alheia.MATADO PARA VESTIRConfira o polêmico passo-a-passo da confecção de um casacão de madame1. Os animais usados para fazer casacos de pele podem ser criados em cativeiro (como chinchilas, coelhos e martas) ou ser caçados em seu habitat (como focas, ursos e lontras). O abate rola quando o bicho atinge a maturidade e ocorre sempre no inverno, quando o pelo é mais longo, brilhante e abundante2. Há vários modos de abater o bicho. Eles podem ser mortos a pauladas, ser estrangulados - método indolor, segundo os produtores - ou, entre outras técnicas para resguardar a pele, ser eletrocutados com a introdução no ânus de ferramentas que fritam os órgãos internos3. Depois que o animal é morto, é hora de extrair sua pele. Há várias formas de escalpelá-lo, algumas mais profissionais e outras rudimentares e violentasProfissionala. Nas fazendas de criação de chinchilas, faz-se um pequeno corte no lábio inferior do animal e outro próximo ao órgão genitalb. Em seguida, é introduzida uma vareta de ferro de um ponto a outro. Ela funciona como um suporte-guia para o cortec. Com um bisturi, se desprega a pele do animal, evitando danificá-la. Quanto mais intacto o couro, maior o seu valor de mercadoAmadora. Nos modos mais cruéis, como rola em alguns locais da China, o animal é morto a pauladas e suas patas são decepadasb. O bicho então é dependurado pelo coto da pata, e seu couro é extraído a partir desse ponto com a ajuda de uma facac. A pele é puxada com força, como se fosse tirada ao avesso. Em muitos casos, o animal ainda está vivo durante esse processo4. Uma vez retirada, a pele é presa com alfinetes ou pregos numa tábua, onde ficará por alguns dias no processo de secagem. Nessa etapa, ela ganha forma definitiva e não vai mais encolher nem sofrer deformações5. O passo seguinte é o curtimento da pele. Num curtume, ela passa por banhos químicos para retirada de sujeiras, cheiro e gordura, evitando que apodreça mais tarde. Ela também pode ser tingida6. Após o curtimento, as peles vão para as confecções, onde são costuradas umas nas outras até tomarem a forma de um casaco. No acabamento, é aplicado um forro, em geral de cetim, na parte internaROUPA TAMANHO MORTEVeja quantos animais precisam ser mortos para fazer um casaco de pele de comprimento médio.

125 arminhos .

100 chinchilas.

70 martas-zibelinas.

50 martas-canadianas.

30 ratos-almiscarados.

30 coelhos.

27 guaxinins.

17 texugos.

16 coiotes.

14 lontras.

11 linces.

9 castores

O que é um minhocário doméstico?

É um sistema de reciclagem do lixo orgânico caseiro, com minhocas transformando restos de alimento em adubo. Esse processo - chamado de vermicompostagem - rola dentro de caixas plásticas cheias de terra, onde as "operárias" mandam ver nas sobras de rango, digerindo esse material e gerando um húmus superfértil no lugar. Para ter uma ideia do potencial ecológico dos minhocários, dados do Ministério da Agricultura revelam que, diariamente, o Brasil produz cerca de 144 mil toneladas de lixo orgânico, o que corresponde a 60% do lixo urbano. Essa sujeira toda acaba indo para aterros e lixões, onde, muitas vezes, acaba poluindo os lençóis freáticos, entre outras mazelas. Se esse material entrasse na dieta das minhocas domésticas, por dia teríamos nada menos que 86 mil toneladas fresquinhas de húmus!Minhocas S.A.Veja como as operárias da terra transformam lixo orgânico em adubo1. O minhocário é composto de três caixas plásticas, sendo que as duas de cima são cheias de terra. No recipiente superior, ficam as cerca de 200 minhocas que vão tocar o trabalho. Em geral, são usadas minhocas californianas, "especialistas" em restos orgânicos2. Sobras de rango, como cascas de legumes e pedaços de frutas, são então despejadas nesta caixa. Mas nem tudo pode ir para o "prato" das minhocas. Na lista dos alimentos vetados estão as carnes e os queijos - que podem apodrecer -, além de comidas salgadas ou muito ácidas3. Após cobrir tudo com serragem ou palha, para manter a umidade, fecha-se a tampa e as minhocas partem para a ação. "O sucesso do minhocário depende da nossa alimentação. Quanto mais diversificado for o lixo, mais rico será o adubo gerado", diz Cláudio Spinola, da Morada da Floresta, em São Paulo, organização que produz minhocários4. Assim que fica cheia, esta caixa vai para o segundo andar, onde, por cerca de dois meses, as minhocas vão trabalhar na digestão. O recipiente que estava no segundo andar vai para o topo, onde receberá os novos restos de comida5. Enquanto rola o processo de decomposição do rango, um líquido rico em nutrientes e livre de bactérias escorre para a caixa da base, onde fica armazenado. Esse chorume do bem pode ser coletado e depois ser pulverizado nas plantas, servindo de adubo e pesticida6. À medida que os alimentos são absorvidos, a maioria das minhocas ruma para a caixa do topo em busca de mais comida. No recipiente intermediário, temos o adubo pronto, fresquinho para ser utilizado nos jardins e vasos

Que apetrechos dos filmes do 007 já foram testados na vida real?

Impressões digitais falsas 007 Os Diamantes São Eternos (1971) As digitais falsas de 007 são feitas de uma pequena membrana. Bond usa o artefato quando ele se encontra com Tiffany Case fingindo ser Peter Franks. Já sabendo que ela ia checar a sua digital em um copo, Bond usa a película e consegue enganar Tiffany Vida real: 1) Para fazer sua digital falsa, peça que um amigo coloque o dedo em um molde de plástico maleável, que você encontra em lojas de ferramentas 2)Dissolva a gelatina (aquela usada em balas molengas em forma de bichos, vendida em lâminas sólidas) em água seguindo as instruções da embalagem 3)Preencha o molde com a gelatina, deixe na geladeira por dez minutos e pronto: é só grudálo no dedo e você pode se passar pelo seu amigo! Só há um detalhe: isso é crime... Robô Espião007 Na Mira dos Assassinos (1985) Um pequeno robô, do tamanho de um cachorro,era controlado remotamente e usava câmeras de vídeo como olhos e microfones para espiar locações inacessíveis aos humanos ou para missões secretas. No filme, o robô indiscreto descobre que Bond estava no chuveiro com Stacey, a Bondgirl da época Vida real: Em desenvolvimento Cientistas já conseguem controlar o vôo de insetos por meio de impulsos elétricos no cérebro ou na musculatura. Futuramente, besouros e e mariposas poderão carregar minicâmeras ou escutas Modificador de voz: 007 Os Diamantes São Eternos (1971) Bond tinha um aparelho com uma jurássica fita cassete. Ele usava a engenhoca para conseguir informações sobre um refém Vida real: Disponível A tecnologia é toda eletrônica, para celular ou computador. Há vários modelos, de um aparelho físico que você acopla ao telefone a softwares que você baixa na internet para usar em programas como o Skype. É recomendado, por exemplo, para mulheres que moram sozinhas e querem se livrar de ligações suspeitas Microtanques de oxigênio 007 Contra a Chantagem Atômica (1965) e 007 Um Novo Dia para Morrer (2002) Nos dois filmes, o tanque é menor que um maço de cigarros e tem oxigênio suficiente para respirar por quatro minutos Vida real Em desenvolvimento Os microtanques como os do filme não são muito eficazes. Por isso, os cientistas têm desenvolvido protótipos de guelras artificiais, movidas a bateria, que tiram oxigênio da água. Nelas, uma bomba suga até 2 mil litros de água por minuto e envia o líquido a uma centrífuga, que gira e aplica sobre a água uma pressão baixa, que expulsa o ar para outro compartimento Por minuto, 30 litros de ar são liberados e captados em um saco antes de ser utilizados pelo mergulhador, que puxa o ar por meio de um tubo. Há ainda um compartimento de reserva, que guarda ar para emergências. No fim, a água sem oxigênio é devolvida ao ambiente. Mas o protótipo ainda é grande e pouco eficiente :-( Carro invisível 007 Um Novo Dia para Morrer (2002) No filme, a técnica que deixa o Aston Martin “invisível” usa câmeras posicionadas em vários ângulos que projetam a imagem captada por elas sobre uma película, dando a ilusão de que o objeto está invisível! Vida Real Em desenvolvimento Um objeto fica "invisível" se desviar a luz . Já foi criado um prisma assim, com prata e fluorido de magnésio, mas ele só funciona para ondas próximas ao infravermelho, que não são vistas pelo olho humano Carro controlado por celular 007 O Amanhã Nunca Morre (1997) Um telefone celular tinha um escâner que lia impressões digitais, manobrava o BMW de Bond com controles de voz e até dava choques nos inimigos! Vida real: Em desenvolvimento Por enquanto, celulares só são capazes de controlar carrinhos de brinquedo por meio de um acelerômetro (recurso que capta a movimentação física do celular) e um software chamado ShakeRacer. O carrinho vira na direção em que você gira seu telefone Jaqueta Antiavalanche007 O Mundo Não É o Bastante (1999) Uma jaqueta comum se transforma em uma concha esférica acolchoada que protege Bond e a Bondgirl quando vem uma avalanche
Vida real:Disponível Na vida real, há uma mochila que ajuda o usuário a “flutuar” acima do fluxo de neve e, assim, impedir que ele morra soterrado O funcionamento é similar ao de um air bag. Dentro do aparato, há dois balões vermelhos compactados, conectados a um tanque de nitrogênio que pode ser acionado por uma válvula ligada a um gatilho na alça da mochila Quando o gatilho é puxado, o nitrogênio sob pressão escapa para os balões, inflando-os. A densidade do conjunto formado pelo usuário e a mochila diminui e ele flutua acima da avalanche

Como surgiram os estados brasileiros?

- Onde nasceu o Brasil?- Como o Brasil formou seu território atual?TERRAS DE CAPITÃOTrinta e quatro anos após o Descobrimento, o litoral brasileiro estava sendo saqueado a torto e a direito por piratas em busca de pedras preciosas e madeiras raras. Para manter o controle do território, a coroa portuguesa decidiu criar as capitanias hereditárias, 15 faixas de terra que se estendiam da costa até a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Para tomar conta desses primeiros "estados" do país, foram nomeados capitães-donatários.A CASA DAS SETE PROVINCIASEm 1709, os portugueses resolveram reorganizar a colônia em função dos benefícios específicos que cada região poderia trazer para a coroa. Nasceram, então, as sete províncias, imensas extensões de terra com fronteiras mais bem definidas. Além dos aspectos econômicos, a criação das províncias visava obter um controle ainda maior sobre o território, constantemente ameaçado pela ação de piratas e do "olho grande" espanhol RASCUNHO IMPERIALApós a Independência, em 1822, o Brasil foi repartido em diversas novas províncias, "rascunhos" do que viriam a ser os futuros estados. O mapa atual do Nordeste, por exemplo, já está quase todo lá. No Sul, contávamos ainda com a província da Cisplatina, que pertenceu ao Brasil até 1829, quando um movimento separatista obrigou o país a reconhecer a independência da região, que deu origem ao Uruguai ESTADOS DE SÍTIORolaram grandes mudanças no mapa após a Proclamação da República, em 1889, como a própria adoção da palavra estado para nomear as porções do território. Em 1942, o Brasil entrou na Segunda Guerra e, como estratégia de defesa e administração das fronteiras, o governo desmembrou algumas áreas, criando novos territórios, como Amapá e Guaporé, no norte, e Iguaçu, no sul. Mais tarde, alguns desses territórios viraram estados, outros foram reintegrados à sua região de origem DEPOIS DA PLÁSTICAA partir de 1960, ano da inauguração de Brasília, rolaram as últimas mexidas que deixaram o Brasil com a cara que tem hoje, com seus 26 estados mais o Distrito Federal. Além da "promoção" de alguns territórios, como Acre e Rondônia, a estados, Fernando de Noronha voltou a fazer parte de Pernambuco, e nasceram Mato Grosso do Sul (desmembrado do Mato Grosso) e Tocantins (fatiado de Goiás). Porém, se depender das propostas que, nos últimos anos, chegaram ao Congresso, o vira-e-mexe do mapa brasileiro pode estar longe de acabar.NAÇÃO DE RETALHOSNos últimos anos, chegaram várias propostas ao Congresso para a criação de novos estados e territórios no país, sendo que muitas ainda estão em curso.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Qual animal tem a mordida mais forte?

O aligátor do Mississippi, um primo do jacaré encontrado nos pântanos do Mississippi e outros estados do sudeste dos Estados Unidos. Uma bocada dele atinge quase 1000 quilos, o equivalente a colocar uma dentadura afiada numa parte do seu corpo e, em seguida, posicionar sobre ela um outro objeto de 1 tonelada! Para calcular a intensidade da mordida dos animais, um dos métodos é fazer com que o bicho morda um aparelho que registra a potência do ataque. Como os bichos nem sempre mordem com a mesma força, os resultados variam. Aqui, usamos como referência o trabalho de Gregory Erickson e Kent Vliet, da Universidade Estadual da Flórida, e de Brady Barr, do canal National Geographic. MORDE-E-ASSOPRA Parente do jacaré tem mordida que faz pressão equivalente ao peso de um carro ALIGÁTOR DO MISSISSIPPI Força da mordida: 965 kg Equivale a: Peso de um carro de tamanho médio Número de dentes: 74 a 80 Porte: 4 a 4,5 m e 450 kg Os jacarés americanos conseguem perfurar o casco de tartarugas, uma de suas presas favoritas. Como não usam os braços para agarrar suas vítimas, a mordida tem que ser certeira. Crânio Quando amarram sua boca, o aligátor se defende usando o crânio como se fosse um taco, mexendo-o para os lados para bater com força em seu agressor. Focinho A proporção entre a largura da cabeça e o comprimento da boca é maior no aligátor do que nas demais espécies aparentadas, como o crocodilo. Dentes Com os cerca de 80 dentes, ele não mastiga a comida: engole presas pequenas inteiras e arranca pedaços das maiores, como as tartarugas. Músculos Os músculos que fecham a boca (adductor mandibulae externus superficialis, medialis e profundus) são fortes, mas o que abre é fraco – com uma fita adesiva dá para amarrá-la. Boca A abertura da boca, que pode ser superior a 75º, permite que ele abocanhe de uma vez animais de grande porte, como bezerros e veados. HIENA Força da mordida: 455 kg Equivale a: Peso de um cavalo Número de dentes: 36 Porte: 1 m e 30 kg A mordida das hienas é tão forte que elas são capazes de esmagar os ossos de suas vítimas – essa é uma característica importante, já que o animal se alimenta preferencialmente da carcaça de bichos mortos, como búfalos e zebras. O sistema digestivo delas está adaptado à ingestão de ossos e outras partes duras dos cadáveres. LEÃO Força da mordida: 430 kg Equivale a: Peso de um cavalo Número de dentes: 30 Porte: 2 m e 230 kg O rei dos animais ingere de 5 a 7 quilos de carne por dia. Sua mordida sufoca gnus, zebras e antílopes, segurando-os com força até que eles parem de respirar. O leão tem caninos longos (chegam a 6 centímetros) e pontiagudos, e os dentes de trás trabalham como uma tesoura, cortando a carne em pedaços. TUBARÃO-BRANCO Força da mordida: 270 kg Equivale a: Peso de um piano de cauda Número de dentes: Cerca de 300 Porte: 6 m e 2250 kg Os dentes desta fera do mar são triangulares e serrilhados. Além da fileira principal, eles têm mais duas ou três por trás. Depois de abocanhar sua presa, ele mexe freneticamente a cabeça de um lado para outro, tornando a mordida ainda mais letal. Em cada mordida, o tubarão pode engolir de uma vez até 14 quilos de carne. ONÇA-PINTADA Força da mordida: 270 kg Equivale a: Peso de um piano de cauda Número de dentes: 30 Porte: 1,2 m e 115 kg Os caninos em constante crescimento e a pressão da mordida fazem deste felino um excelente predador de vítimas como antas e capivaras. Sua mordida é tão forte que chega a perfurar tartarugas e jacarés. Outra arma importante são os dentes carnassiais, que ficam no fundo da boca e são muito eficientes para rasgar a carne do almoço. PIT BULL Força da mordida: 200 kg Equivale a: 4 sacos de cimento Número de dentes: 42 Porte: 45 cm de altura e 20 kg A potência de sua mordida, equivalente à de raças como o rottweiler, é explicada pela forte musculatura que envolve a mandíbula, a parte de baixo da boca. Além disso, sua bocarra abre de uma orelha à outra, permitindo um perfeito encaixe dos dentes – com isso, o pit bull morde e não solta a presa. HOMEM Força da mordida: 55 kg Equivale a: 1 saco de cimento Número de dentes: 32 Porte: 1,70 m e 70 kg O homem não tem uma das mordidas mais fortes do reino animal, embora ela também possa rasgar um naco de carne. Ele só está entrando nesta galeria para termos uma idéia do estrago que a mordida dos demais animais faz. Ao contrário da mordida de bichos domésticos, que têm forma de V, a humana é circular.

Por que as baleias ejetam água?

Na verdade, as baleias não ejetam um esguicho de água como parece. Elas ejetam ar quente, que, ao encontrar o frio da atmosfera, condensa-se, criando uma nuvem de gotinhas de água. Nas baleias maiores, como a azul, esse borrifo pode chegar a 9 metros de altura. Aliás, é pelo borrifo que os caçadores estimam a localização, a espécie e o tamanho das baleias – em geral, quanto maior a baleia, maior o borrifo. Mas, além da altura, eles ficam de olho no formato: o borrifo da baleia franca, por exemplo, tem formato de V. Mas não são só as baleias que têm “esguicho”. Essa é uma característica de todos os cetáceos (golfinhos e botos, além das baleias). Ao contrário dos peixes, eles respiram através de pulmões e, por isso, precisam subir à superfície para fazer a troca gasosa. RESPIRE FUNDO Baleias têm pulmões até mil vezes maiores que os nossos 1- Quando a baleia 4 chega à superfície, o ar entra pelo orifício respiratório, uma espécie de nariz da baleia. Assim que ela mergulha, um tampão fecha este orifício e impede a entrada de água, evitando que ela se afogue. 2- O ar chega aos pulmões, onde ocorrem as trocas gasosas. A diferença em relação aos nossos é que, enquanto absorvemos em média 15% de oxigênio do ar inalado, as baleias aproveitam 90%. Por isso, ficam tanto tempo submersas – a cachalote, por exemplo, fica até uma hora e meia debaixo da água. 3- Dos pulmões, sai o sangue oxigenado em direção ao coração da baleia. O sangue dos cetáceos é muito mais escuro que o nosso em função da abundância de hemoglobina (proteína que transporta oxigênio). Isso também os ajuda a tirar maior proveito do ar inalado. 4- Para tornar a respiração mais eficiente, assim que a baleia mergulha o coração passa a bater mais devagar, reduzindo o fluxo de sangue. O oxigênio circula lentamente e o gás carbônico volta aos pulmões, de onde é encaminhado para o orifício respiratório.

De qual altura uma formiga pode cair sem se machucar?

Provavelmente de qualquer altura. Não existem estudos científicos sobre o assunto, mas as formigas se safam de tombos de locais elevados por causa da resistência de seu esqueleto e da leveza e pouca densidade de seu corpo. Esses três fatores contribuem para que ela caia mais lentamente e agüente melhor o tranco. Como o impacto de um corpo no chão é proporcional à velocidade da queda, a formiga se dá bem: por ser leve, tem baixa velocidade ao cair. Todo corpo em queda livre sofre uma aceleração inicial causada pela gravidade. Em seguida, a resistência do ar ao objeto faz com que ele atinja uma velocidade-limite, que também depende da massa e da superfície do corpo. Essa velocidade chega ao máximo quando a força exercida pelo peso do corpo iguala-se à resistência do ar, e depois fica constante até o chão. DUROS NA QUEDA Impacto do corpo dos animais no solo depende de peso e da resistência do ar FORMIGA A velocidade terminal de uma formiga (que pesa em média 10 mg) em queda livre é inferior a 10 km/h. Ela atinge esse limite após 40 cm de queda e continua a descida nessa toada. A formiga tem uma espécie de armadura externa, feita à base de quitina, uma proteína super-resistente. É o exoesqueleto, que protege as partes internas do inseto, que são mais moles. HOMEM Quanto maior o peso, maior a velocidade-limite. Para alguém que pesa 70 kg, ela chega a 200 km/h, mas só dá para atingir a velocidade máxima após longos 157 m. A velocidade-limite pode variar conforme a posição do corpo. Cair de barriga do alto de um prédio, por exemplo, gera mais resistência do ar, fazendo com que a velocidade seja menor do que mergulhar direto de cabeça. GATO A velocidade terminal de um bichano de cerca de 4 kg com 20 centímetros de largura e 30 de comprimento é de 120 km/h, valor alcançado em 54,5 m de descida. O risco de machucados do bichano é reduzido por causa da elasticidade de seus músculos, das almofadinhas que eles possuem e pelo fato de ele cair sobre quatro patas – o que ajuda na distribuição da força do impacto.
CONSULTORIA: CLÁUDIO FURUKAWA, PROFESSOR DE FÍSICA DA USP

Qual animal tem a mordida mais forte?

O aligátor do Mississippi, um primo do jacaré encontrado nos pântanos do Mississippi e outros estados do sudeste dos Estados Unidos. Uma bocada dele atinge quase 1000 quilos, o equivalente a colocar uma dentadura afiada numa parte do seu corpo e, em seguida, posicionar sobre ela um outro objeto de 1 tonelada! Para calcular a intensidade da mordida dos animais, um dos métodos é fazer com que o bicho morda um aparelho que registra a potência do ataque. Como os bichos nem sempre mordem com a mesma força, os resultados variam. Aqui, usamos como referência o trabalho de Gregory Erickson e Kent Vliet, da Universidade Estadual da Flórida, e de Brady Barr, do canal National Geographic. MORDE-E-ASSOPRA Parente do jacaré tem mordida que faz pressão equivalente ao peso de um carro ALIGÁTOR DO MISSISSIPPI Força da mordida: 965 kg Equivale a: Peso de um carro de tamanho médio Número de dentes: 74 a 80 Porte: 4 a 4,5 m e 450 kg Os jacarés americanos conseguem perfurar o casco de tartarugas, uma de suas presas favoritas. Como não usam os braços para agarrar suas vítimas, a mordida tem que ser certeira. Crânio Quando amarram sua boca, o aligátor se defende usando o crânio como se fosse um taco, mexendo-o para os lados para bater com força em seu agressor. Focinho A proporção entre a largura da cabeça e o comprimento da boca é maior no aligátor do que nas demais espécies aparentadas, como o crocodilo. Dentes Com os cerca de 80 dentes, ele não mastiga a comida: engole presas pequenas inteiras e arranca pedaços das maiores, como as tartarugas. Músculos Os músculos que fecham a boca (adductor mandibulae externus superficialis, medialis e profundus) são fortes, mas o que abre é fraco – com uma fita adesiva dá para amarrá-la. Boca A abertura da boca, que pode ser superior a 75º, permite que ele abocanhe de uma vez animais de grande porte, como bezerros e veados. HIENA Força da mordida: 455 kg Equivale a: Peso de um cavalo Número de dentes: 36 Porte: 1 m e 30 kg A mordida das hienas é tão forte que elas são capazes de esmagar os ossos de suas vítimas – essa é uma característica importante, já que o animal se alimenta preferencialmente da carcaça de bichos mortos, como búfalos e zebras. O sistema digestivo delas está adaptado à ingestão de ossos e outras partes duras dos cadáveres. LEÃO Força da mordida: 430 kg Equivale a: Peso de um cavalo Número de dentes: 30 Porte: 2 m e 230 kg O rei dos animais ingere de 5 a 7 quilos de carne por dia. Sua mordida sufoca gnus, zebras e antílopes, segurando-os com força até que eles parem de respirar. O leão tem caninos longos (chegam a 6 centímetros) e pontiagudos, e os dentes de trás trabalham como uma tesoura, cortando a carne em pedaços. TUBARÃO-BRANCO Força da mordida: 270 kg Equivale a: Peso de um piano de cauda Número de dentes: Cerca de 300 Porte: 6 m e 2250 kg Os dentes desta fera do mar são triangulares e serrilhados. Além da fileira principal, eles têm mais duas ou três por trás. Depois de abocanhar sua presa, ele mexe freneticamente a cabeça de um lado para outro, tornando a mordida ainda mais letal. Em cada mordida, o tubarão pode engolir de uma vez até 14 quilos de carne. ONÇA-PINTADA Força da mordida: 270 kg Equivale a: Peso de um piano de cauda Número de dentes: 30 Porte: 1,2 m e 115 kg Os caninos em constante crescimento e a pressão da mordida fazem deste felino um excelente predador de vítimas como antas e capivaras. Sua mordida é tão forte que chega a perfurar tartarugas e jacarés. Outra arma importante são os dentes carnassiais, que ficam no fundo da boca e são muito eficientes para rasgar a carne do almoço. PIT BULL Força da mordida: 200 kg Equivale a: 4 sacos de cimento Número de dentes: 42 Porte: 45 cm de altura e 20 kg A potência de sua mordida, equivalente à de raças como o rottweiler, é explicada pela forte musculatura que envolve a mandíbula, a parte de baixo da boca. Além disso, sua bocarra abre de uma orelha à outra, permitindo um perfeito encaixe dos dentes – com isso, o pit bull morde e não solta a presa. HOMEM Força da mordida: 55 kg Equivale a: 1 saco de cimento Número de dentes: 32 Porte: 1,70 m e 70 kg O homem não tem uma das mordidas mais fortes do reino animal, embora ela também possa rasgar um naco de carne. Ele só está entrando nesta galeria para termos uma idéia do estrago que a mordida dos demais animais faz. Ao contrário da mordida de bichos domésticos, que têm forma de V, a humana é circular.

O que diferencia os humanos dos animais?

Várias características nos distinguem dos bichos, como o modo de caminhar. De todas as espécies do reino animal, somos a única cuja forma-padrão de deslocamento é o bipedalismo, o andar sobre duas pernas. Esse traço, que já se manifestava em ancestrais, moldou o jeitinho humano de ser. Mas nem tudo que se pensava ser exclusivo do Homo sapiens é de fato coisa nossa. Por exemplo, a capacidade de se reconhecer no espelho. “Experimentos revelaram que chimpanzés, golfinhos e elefantes têm essa capacidade”, diz César Ades, estudioso do comportamento animal da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, algumas espécies utilizam ferramentas para certas atividades e até pensam! “Estudos com primatas, cães, golfinhos e elefantes, entre outros, mostram que o pensamento não é exclusivo do ser humano”, diz Ades.

Por que o focinho dos cães é gelado?

Na verdade, o focinho dos cães não é gelado, mas, sim, bastante úmido. Isso acontece porque os cães possuem uma quantidade pequena de glândulas sudoríparas – glândulas que liberam o suor para auxiliar o corpo a eliminar calor. Para controlar a temperatura interna, o melhor amigo do homem precisa transpirar pela boca e pelo focinho. Isso explica por que os cães andam com a boca aberta, respirando como se estivessem ofegantes. O ato não significa necessariamente cansaço, mas, sim, um processo de eliminação de calor do corpo: o ar quente sai e o frio entra. Essa mesma troca ocorre no focinho. Quando o ar quente interno sai por ali e entra em contato com o ar ambiente mais frio, ele sofre o processo de condensação e ganha a forma líquida, molhando e resfriando o focinho.

De qual altura uma formiga pode cair sem se machucar?

Provavelmente de qualquer altura. Não existem estudos científicos sobre o assunto, mas as formigas se safam de tombos de locais elevados por causa da resistência de seu esqueleto e da leveza e pouca densidade de seu corpo. Esses três fatores contribuem para que ela caia mais lentamente e agüente melhor o tranco. Como o impacto de um corpo no chão é proporcional à velocidade da queda, a formiga se dá bem: por ser leve, tem baixa velocidade ao cair. Todo corpo em queda livre sofre uma aceleração inicial causada pela gravidade. Em seguida, a resistência do ar ao objeto faz com que ele atinja uma velocidade-limite, que também depende da massa e da superfície do corpo. Essa velocidade chega ao máximo quando a força exercida pelo peso do corpo iguala-se à resistência do ar, e depois fica constante até o chão. DUROS NA QUEDA Impacto do corpo dos animais no solo depende de peso e da resistência do ar FORMIGA A velocidade terminal de uma formiga (que pesa em média 10 mg) em queda livre é inferior a 10 km/h. Ela atinge esse limite após 40 cm de queda e continua a descida nessa toada. A formiga tem uma espécie de armadura externa, feita à base de quitina, uma proteína super-resistente. É o exoesqueleto, que protege as partes internas do inseto, que são mais moles. HOMEM Quanto maior o peso, maior a velocidade-limite. Para alguém que pesa 70 kg, ela chega a 200 km/h, mas só dá para atingir a velocidade máxima após longos 157 m. A velocidade-limite pode variar conforme a posição do corpo. Cair de barriga do alto de um prédio, por exemplo, gera mais resistência do ar, fazendo com que a velocidade seja menor do que mergulhar direto de cabeça. GATO A velocidade terminal de um bichano de cerca de 4 kg com 20 centímetros de largura e 30 de comprimento é de 120 km/h, valor alcançado em 54,5 m de descida. O risco de machucados do bichano é reduzido por causa da elasticidade de seus músculos, das almofadinhas que eles possuem e pelo fato de ele cair sobre quatro patas – o que ajuda na distribuição da força do impacto.
CONSULTORIA: CLÁUDIO FURUKAWA, PROFESSOR DE FÍSICA DA USP

Como é o treinamento dos cães farejadores de drogas?

É um trabalho árduo, em que se busca tirar proveito das duas principais características dos cães que desempenham essa função: faro apurado e personalidade curiosa. Antes de meter as fuças em malas, carros ou pessoas – em geral nos locais de grande fluxo de gente ou mercadorias, como alfândegas, aeroportos e terminais rodoviários –, eles passam por meses de ralação, quando aprendem a identificar os diversos tipos de drogas e a se comportar em público. A escolha dos cachorros para o emprego de caça-bagulhos se deu em função de seu olfato poderoso. Eles começaram a ser usados para farejar substâncias ilegais no fim dos anos 60, durante a Guerra do Vietnã (1959- 1975), quando o consumo de heroína entre soldados americanos tornou-se um sério problema para o Exército dos EUA. Com o tempo, a nareba afiada deixou de ser o único pré-requisito para o posto. “No início, a capacidade olfativa era um fator decisivo na seleção dos animais, mas hoje o que qualifica, de fato, um cão é o seu interesse por procurar e encontrar objetos”, diz Antônio José Miranda de Magalhães, chefe do canil da Polícia Federal, em Brasília. A unidade é o principal centro de treinamento de cães farejadores no Brasil e, desde sua criação, em 1988, já formou mais de cem “focinhos de ouro” para a função. }:oo) BISBILHOTEIROS OFICIAISOlfato extremamente apurado e temperamento curioso são os principais pré-requisitos dos “focinhos de ouro” da políciaLabrador, golden retriever, pastor alemão e pastor belga malinois são as raças mais usadas no combate ao tráfico de drogas. Esses cães têm um faro apuradíssimo, graças aos seus mais de 200 milhões de células olfativas – para ter uma ideia, o fox-terrier tem 147 milhões e o homem “míseros” 5 milhões.Depois de passar na peneira dos bons de fuça, são escolhidos os animais mais curiosos e perseverantes, que gostam de procurar e recuperar objetos e não desistem facilmente da busca. Com isso, os policiais têm a garantia de que seus futuros parceiros não farão corpo mole em serviço.No canil da Polícia Federal, o adestramento começa quando o cão tem apenas 2 meses. Antes do treino específico para achar drogas, os animais passam por um “cursinho” de socialização e comandos básicos, como responder ao chamado do policial, sentar-se etc. Isso é feito, entre outras coisas, para que eles não ataquem as pessoas nas rua.O treinamento propriamente dito – que dura cerca de dois meses – só rola depois que o cão completa 1 ano de idade. A partir daí, ele entra em contato com o odor típico da droga, que é acondicionada dentro de tubos de PVC, mangueiras de borracha ou em pequenas bolsas, feitas de lona impermeável, que imitam seus próprios brinquedos.Após o cão se acostumar com o cheiro dos diversos tipos de drogas, os “brinquedinhos” são escondidos para que ele os encontre. O grau de dificuldade do exercício aumenta com o tempo. Para disfarçar o odor do tóxico (recurso adotado pelos traficantes), os treinadores misturam a ele produtos diversos, como alho, pimenta e cebola.Sempre que o animal encontra o bagulho, recebe elogios e agrados do treinador. Caso ele não seja bem-sucedido, não recebe punição, mas, se dá mostras de que não vai dar conta do recado, pode até ser afastado do treinamento. Em nenhum momento do curso, e em hipótese alguma, o cão entra em contato com a droga.Depois que está craque em farejar os entorpecentes, é hora de o bicho mostrar que sabe se portar em público. Ele é levado para fazer o treino ambiental nos locais onde irá trabalhar (postos de fronteira, aeroportos, rodovias etc.), para se acostumar com o movimento desses lugares. A partir daí, ele está pronto para botar o focinho em ação.Já no batente, o cão usa os dois tipos de alerta que aprendeu. No ativo, ele arranha e morde o local onde a droga está escondida, ou pode latir para o suspeito de levar tóxicos. No passivo, ele se posiciona ao lado desse local ou da pessoa. Para não cansar a nareba, os cães intercalam períodos iguais de até 50 minutos de trabalho e descanso. O tempo pode variar, mas em geral eles ficam na ativa até os 10 anos de idade.SOLTA OS CACHORROS!Além de farejar drogas, os cães podem desempenhar com perícia várias tarefasCÃES DE RESGATESão peritos em localizar desde sobreviventes – ou cadáveres – soterrados sob escombros até crianças perdidas. Golden retriever, labrador, pastor alemão e collie são as raças mais utilizadas. Quando treinados, detectam odores disfarçados debaixo de metros de entulho GUIA DE CEGOSOs cachorros têm sido usados na condução de cegos desde a década de 1920. As raças mais adequadas a essa função são labrador, pastor alemão, golden retriever, bóxer e collie. Para ser um bom cão-guia, é importante que o animal seja paciente, dócil e determinado FAREJADOR DE MINÉRIOSNa década de 1960, na Finlândia, um instituto de prospecção geológica treinou com sucesso cachorros pastores alemães para encontrar jazidas de minérios, como cobre e níquel. Os animais conseguiram farejar minerais enterrados a até 12 metros de profundidade.

domingo, 27 de setembro de 2009

Qual é o alimento mais consumido no mundo?


Qual é o alimento mais consumido no mundo?
Meire E. Coelho,
Agrolândia, SC
O arroz nosso de cada dia é o campeão, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês). Isso significa, segundo a FAO, que cada pessoa consumiu 557 calorias por dia de arroz em todo o mundo entre 2001 e 2003. Em fevereiro de 2004, publicamos na ME essa mesma pergunta, mas o vencedor foi o leite - a lista anterior havia se baseado no consumo total, em toneladas, dos alimentos, informação não disponível no banco de dados da FAO hoje.
Bons de garfo
Dos rangos mais populares, só a carne de porco não tem origem vegetal
1. Arroz
CONSUMO DIÁRIO MÉDIO, EM CALORIAS, POR HABITANTE DA TERRA - 557
CALORIAS FORNECIDAS POR 100 G - 164 (cozido)
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Base da alimentação do brasileiro, ao lado do feijão, o arroz é um composto de carboidratos, proteínas, sais minerais e vitaminas do complexo B. Mas, quando ele é refinado, perde quase todos esses nutrientes, que ficam na película abaixo da casca. Por isso o ideal é consumir a versão integral, que ainda tem fibras que ajudam o trabalho do intestino
2. Trigo
CONSUMO DIÁRIO MÉDIO, EM CALORIAS, POR HABITANTE DA TERRA - 521
CALORIAS FORNECIDAS POR 100 G - 310
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - O trigo chega à mesa sob várias formas, dos grãos à farinha. Os alimentos derivados dele são fontes de carboidratos, proteínas, vitaminas, ferro, zinco, além de fibra, mas pobres em gordura e açúcar. Os alimentos com trigo integral têm ainda gérmen nutritivo e farelo, que acrescentam fibras e minerais ao produto. O trigo é o ingrediente principal de pães e massas
3. Açúcar
CONSUMO DIÁRIO MÉDIO, EM CALORIAS, POR HABITANTE DA TERRA - 202
CALORIAS FORNECIDAS POR 100 G - 398
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - É a maior fonte de energia para plantas e animais. O tipo mais consumido pelos humanos é o branco, formado por 99% de sacarose, que, por sua vez, tem glicose (conhecida como "açúcar do sangue") e frutose (presente nas frutas) na sua composição. Os açúcares das frutas e vegetais estão ligados a vitaminas, fibras, minerais e óleos. Mas o excesso de açúcar pode levar à obesidade
4. Milho
CONSUMO DIÁRIO MÉDIO, EM CALORIAS, POR HABITANTE DA TERRA - 147
CALORIAS FORNECIDAS POR 100 G - 94 kcal
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Cheio de carboidratos, vitaminas (B1, B12 e E) e sais minerais, o milho dá bastante energia ao corpo. Cada grão tem cerca de 20% de fibras, 60% de amido, 10% de proteínas e 4% de óleo. Seus derivados também mandam bem: a indústria farmacêutica usa o vegetal para fabricar penicilina e dextrose, e o óleo feito com milho dificulta a formação de gordura no sangue
5. Carne de porco
CONSUMO DIÁRIO MÉDIO, EM CALORIAS, POR HABITANTE DA TERRA - 117
CALORIAS FORNECIDAS POR 100 G - 181 (sem gordura)
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL - Apesar da má fama, a carne suína faz bem, sim: possui alto teor de proteínas e é rica em vitamina B1 - mas evite as partes gordurosas, como toucinho e joelho. Alguns cortes do animal, como o lombo e o pernil (que têm apenas 3 a 5% de gordura), podem ser até melhores do que a carne bovina. A carne não deve ser ingerida crua ou malpassada para evitar a contaminação por larvas

Como é feito o algodão-doce?

1. A história desta doçura começou nos EUA, em 1897, com John C. Warthon e William Morrison - que, curiosamente, era dentista. Até hoje, a matéria-prima do algodão-doce é o açúcar cristal - que pode vir de fábrica colorido ou ser misturado com corante em pó antes do preparo2. A transformação começa quando o açúcar é despejado em um cilindro oco que gira no centro de uma bandeja. O cilindro aquece a 150 ºC e derrete o açúcar cristal, formando uma calda grossa - com açúcar refinado a calda seria fina demais para formar o algodão3. Como a parede do cilindro central é cheia de furos, ao girar em velocidade elevada - cerca de 3 500 rotações por minuto -, a calda de açúcar escapa pelos buraquinhos. Em contato com o ar, o açúcar líquido esfria e endurece de novo, só que em forma de fios4. Para formar o algodão, basta recolher os fios girando um palitão - alguns doceiros passam leite condensado no palito para os fios grudarem melhor. Um quilo de açúcar rende 50 algodões-doces e uma máquina profissional custa cerca de mil reais

Por que estourar uma bexiga ou um saquinho com ar faz tanto barulho?

- A bexiga cheia tem altas pressão interna e energia elástica (que faz com que ela volte a ficar murcha). Ao abrir uma fresta na boca da bexiga, o ar sai aos poucos e a energia é liberada suavemente. 2- Já quando espetamos uma agulha, a energia é liberada toda de uma vez! Assim, o furo inicial se amplia e o ar que estava ali dentro apertado, louco pra sair, se expande de repente. 3- Essa expansão abrupta provoca uma forte vibração do ar, que viaja a cerca de 340 m/s até nossos ouvidos, onde a vibração do tímpano transforma o ar em som!

Quanto tempo vão durar as pegadas do homem na Lua?

Em teoria, elas durariam milhões de anos, pois, como não há atmosfera na Lua, por lá não ocorre erosão, seja pelo vento, seja pela chuva. Acontece que, justamente por não ter atmosfera, a Lua é constantemente bombardeada por meteoritos. Esses meteoritos, por sua vez, podem levantar um monte de poeira no choque com o astro, provocar tremores na crosta, ou mesmo cair em cima das pegadas, o que, obviamente, as desfiguraria. No entanto, não temos como saber se isso já ocorreu ou não, já que nenhuma missão retornou ao lugar onde, em 20 de julho de 1969, os astronautas americanos Neil Armstrong e Edwin Aldrin deixaram a marca de suas pisadas. Outro possível "apagador" das pegadas seria a erosão provocada por ventos solares – mas isso somente em uma escala de tempo extremamente longa e difícil de prever. Ou seja, qualquer tentativa de cálculo seria unicamente na base do "chutômetro". Ah, e detalhe: as marcas de que estamos falando são aquelas deixadas longe do módulo de pouso do foguete. As que estão – ou estavam – próximas provavelmente foram apagadas pelo jato de propulsão da nave com que os astronautas retornaram à Terra.

sábado, 26 de setembro de 2009

O que foi o Concílio Vaticano II?

Foi uma série de conferências realizadas entre 1962 e 1965, consideradas o grande evento da Igreja Católica no século 20. Com o objetivo de modernizar a Igreja e atrair os cristãos afastados da religião, o papa João XXIII convidou bispos de todoo mundo para diversos encontros, debates e votações no Vaticano. Da pauta dessas discussões constavam temas como os rituais da missa, os deveres de cada padre, a liberdade religiosa e a relação da Igreja com os fiéis e os costumes da época. "O Concílio tocou em temas delicados, que mudaram a compreensão da Igreja sobre sua presença no mundo moderno. Foram repensadas, por exemplo, as relações com as outras igrejas cristãs, o judaísmo e crenças não-cristãs", diz o teólogo Pedro Vasconcelos, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Após três anos de encontros, as autoridades católicas promulgaram 16 documentos como resultado do Concílio. Muitas novidades apareceram nas questões teológicas e na hierarquia da Igreja. O papa, por exemplo, aceitou dividir parte de seu poder com outros cardeais. E as missas passaram a ser rezadas na língua de cada país - antes eram celebradas sempre em latim! Na questão dos costumes, porém, o encontro foi pouco liberal. A Igreja continuou condenando o sexo antes do casamento e defendendo o celibato (proibição de se casar e de transar) para os padres. No quadro ao lado, você confere o que mudou - e o que ficou na mesma - depois dessa reforma na Igreja Católica.
Mudança de hábito
Conferência realizada entre 1962 e 1965 gerou transformações profundas na Igreja
ASSUNTO - MISSA
ANTES DO CONCÍLIO - Rezada em latim, com o padre voltado para o altar, de costas para os fiéis. Apenas membros do clero comandavam a celebração
DEPOIS DO CONCÍLIO - Rezada no idioma de cada país, com o padre de frente para o público. Mulheres e homens leigos (que não são do clero) podem ajudar na celebração
ASSUNTO - SEXO
ANTES DO CONCÍLIO - Doutrina rígida, contrária ao sexo antes do casamento e ao aborto, mesmo em caso de estupro
DEPOIS DO CONCÍLIO - Manteve a mesma posição
ASSUNTO - RELACIONAMENTO COM OUTRAS RELIGIÕES
ANTES DO CONCÍLIO - Desconfiança em relação aos ensinamentos de religiões não-cristãs (islamismo, judaísmo, etc.)
DEPOIS DO CONCÍLIO - Aceita a idéia de que, por meio de outras religiões, também é possível conhecer Deus e a salvação
ASSUNTO - CULTO AOS SANTOS
ANTES DO CONCÍLIO - Proliferação de "santos" criados pela crença popular e não-canonizados pela Igreja
DEPOIS DO CONCÍLIO - "Santos" não-canonizados são abolidos. Cristo volta a ser o centro das atenções na missa
ASSUNTO - COMPORTAMENTO DO SACERDOTE
ANTES DO CONCÍLIO - Uso obrigatório da batina e de outros símbolos da Igreja. Casamento e relações sexuais são proibidos
DEPOIS DO CONCÍLIO - Cai o uso obrigatório da batina: agora, os padres podem usar trajes sociais. Segue a proibição ao casamento e ao sexo
ASSUNTO - QUESTÕES POLÍTICAS
ANTES DO CONCÍLIO - Condenação do capitalismo e esforço para evitara "contaminação" do catolicismo por idéias comunistas
DEPOIS DO CONCÍLIO - Continua a condenação ao capitalismo e ao comunismo, mas aumenta um pouco a liberdade dos teólogos para interpretar a Bíblia

Peixe desconhecido é encontrado na Bahia

O peixe de carne esquisita, sem pele nem escama, é formado, da cabeça à ponta da cauda, por uma massa que mais parece gelatina. Ele foi capturado durante uma viagem de pesquisa do projeto Tamar.

Estudiosos e pescadores tiveram uma surpresa durante uma experiência no litoral norte da Bahia. "Parece um animal pré-histórico. Parece que é de silicone, só tem gordura. Esse não dá para comer”, disse o pescador Jucinei Evangelista. E não dá mesmo. É um peixe de carne esquisita, não tem pele, nem escama. Da cabeça à ponta da cauda, é formado por uma massa que mais parece gelatina. Ele foi capturado durante uma viagem de pesquisa do projeto Tamar. Os técnicos testavam anzóis circulares, que podem ser usados sem o risco de matar tartarugas marinhas. De repente, o estranho animal foi fisgado. "Quando vi o bicho que tomei aquele susto, caí logo na água pra filmar", afirmou o coordenador do Projeto Tamar, Guy Marcovaldi. Nas imagens gravadas por Guy Marcovaldi, o peixe se aproximava da superfície, já quase sem vida. Ele estava a mil metros de profundidade, a 15 quilômetros da Praia do Forte, litoral norte da Bahia. Os pesquisadores calculam que a costa brasileira abriga pelo menos 150 espécies de peixe ainda desconhecida da ciência. As descobertas mais recentes foram de pequenos animais. Do porte deste peixe, foi a primeira vez. Ele pesa cerca de 40 quilos e é do tamanho de um homem alto: 1,83m. Olhos pequenos, boca grande e dentes quase invisíveis. O oceanógrafo Cláudio Sampaio, professor da Universidade Federal da Bahia, confirma que não há registro desse peixe em nenhuma publicação científica. “A gente encontrar uma espécie como essa, totalmente nova para a ciência, é uma joia rara. Um peixe que jamais foi visto pelo ser humano", declarou Cláudio. O peixe será conservado em formol e vai fazer parte do acervo do Museu de Zoologia da Universidade Federal da Bahia. Para os biólogos o desafio será maior do que uma simples identificação. Vão precisar descobrir também em que região do Atlântico vive a raridade.

Quais são os bichos que voam mais longe sem ter asas?

Provavelmente são as serpentes-voadoras, que conseguem se deslocar por cerca de 100 metros no ar e até fazer curvas de 90 graus. As rãs-voadoras planam no ar por até 15 metros, distância 750 vezes maior que o próprio tamanho – é como se um homem de 1,7 metro “voasse” 1.275 metros! Voar, no entanto, não é exatamente o verbo mais adequado para definir o passeio aéreo desses animais desprovidos de asas. O que eles fazem é usar partes do corpo para planar ou controlar quedas verticais como se estivem usando um pára-quedas, diminuindo a velocidade da descida rumo ao chão. Além das serpentes-voadoras, nome popular dado a cinco espécies do gênero Chrysopelea, sapos, esquilos, peixes, lagartos e até formigas conseguem se mover de forma controlada no ar. Eles usam o “vôo” para fugir de predadores, perseguir presas ou simplesmente dar um pulinho de um lugar para outro.

ASES INDOMÁVEISBichos adaptam partes do corpo para ganhar estabilidade e pairar no ar SERPENTE-VOADORA ONDE VIVE: Sul e sudeste da Ásia TAMANHO: 1,20 m DISTÂNCIA ATINGIDA AO VOAR: 100 metros PROPORÇÃO ENTRE DISTÂNCIA DO VÔO E TAMANHO: 83 vezes TIPO DE VÔO: Planagem COMO É O BICHO: Dotada de presas no fundo da boca, ela consegue injetar uma pequena quantidade de veneno em suas vítimas, mas é inofensiva para nós, humanos. Usa o vôo para escapar de macacos e outros predadores ou para capturar os bichos que come (pássaros, sapos e morcegos) 1- Depois de saltar de um lugar alto, como a copa de uma árvore, seu corpo fica totalmente achatado, semelhante ao aerofólio de um carro. 2- Mexendo a cabeça, que fica mais alta que o resto do corpo, ela cria movimentos ondulatórios para controlar a direção e fazer curvas radicais, de até 90º.

ESQUILO-VOADOR ONDE VIVE: Florestas da Ásia, Europa e América do Norte TAMANHO: 21 a 25 cm DISTÂNCIA ATINGIDA AO VOAR: 80 metros PROPORÇÃO ENTRE DISTÂNCIA DO VÔO E TAMANHO: 320 vezes TIPO DE VÔO: Planagem COMO É O BICHO: A barriga tem pelagem clara ou cor de creme e as costas são cinza ou vermelho-acastanhado. Há mais de 35 espécies de esquilosvoadores, que voam para se locomover e fugir de predadores. 1- Após pular do galho de uma árvore, ele abre as quatro patas, ligadas por finas membranas. 2- As membranas aumentam sua superfície de contato com o ar, formando uma espécie de asa que o ajuda a pairar. 3- A cauda, chata e larga, é o leme que guia o vôo. Para frear, o bicho fecha o corpo e diminui a velocidade.

RÃ-PLANADORA ONDE VIVE: Malásia e ilha de Bornéu, no Sudeste Asiático TAMANHO: 1,5 a 2 cm DISTÂNCIA ATINGIDA AO VOAR: 15 metros PROPORÇÃO ENTRE DISTÂNCIA DO VÔO E TAMANHO: 750 vezes TIPO DE VÔO: Pára-quedismo COMO É O BICHO: A rã se alimenta de insetos e invertebrados que vivem na floresta. Seu corpo é quase todo verde com as laterais das patas e da barriga amareladas. O vôo serve para amortecer a queda das árvores. 1- Ela salta de cima das árvores e mantém as palmas das patas abertas. As traseiras são maiores, garantindo o impulso necessário para a decolagem. 2- As membranas expandidas existentes entre seus dedos compridos freiam a queda, como se fossem um conjunto de pára-quedas.

LAGARTO-VOADOR ONDE VIVE: Florestas tropicais da Ásia e Índia, incluindo Filipinas e Bornéu TAMANHO: 19 a 23 cm DISTÂNCIA ATINGIDA AO VOAR: 8 metros PROPORÇÃO ENTRE DISTÂNCIA DO VÔO E TAMANHO: 34 vezes TIPO DE VÔO: Planagem COMO É O BICHO: Seu corpo é alongado e amarronzado. Conhecido como “dragão-voador”, vive em árvores e come formigas e cupins. O planeio é usado apenas como meio de locomoção. Para fugir dos inimigos, ele sobe nas árvores. 1- O lagarto nunca voa com chuva ou vento. Ao decolar, ele aponta a cabeça na direção do solo. 2- No ar, estende as patas dianteiras e traseiras e desloca as costelas para os lados, projetando uma extensa membrana. 3- A sustentação é mantida graças a pregas de pele no pescoço, que se abrem durante o vôo.

FORMIGA-VOADORA ONDE VIVE: Na copa de árvores das florestas tropicais das Américas do Sul e Central TAMANHO: Quase 1 cm DISTÂNCIA ATINGIDA AO VOAR: Ela não faz vôos horizontais, mas descidas verticais controladas TIPO DE VÔO: Pára-quedismo COMO É O BICHO: Tem cabeça e patas traseiras achatadas. Usa o vôo para voltar ao tronco da árvore e evitar cair no solo, onde poderia ser alvo de predadores. O vôo delas foi descoberto pelo cientista Stephen Yanoviak em 2004. 1- Ao despencar da copa da árvore onde vive, o inseto, único sem asas a “voar”, atinge uma velocidade relativamente alta, de 4 metros por segundo. 2- Para evitar cair no chão ou no solo inundado da floresta, ela faz movimentos abdominais para se orientar no ar no sentido do tronco de sua árvore. Sua cabeça achatada funciona como leme. 3- Os cientistas ainda não esclareceram totalmente o mecanismo do pouso, mas sabem que ela usa as garras das patas traseiras para grudar na árvore.

PEIXE-VOADOR ONDE VIVE: Águas tropicais e subtropicais dos oceanos Atlântico, Índico e Pacífico TAMANHO: 25 cm DISTÂNCIA ATINGIDA AO VOAR: 30 a 50 metros PROPORÇÃO ENTRE DISTÂNCIA DO VÔO E TAMANHO: 200 vezes TIPO DE VÔO: Planagem COMO É O BICHO: Tem corpo azulado, dorso azul-acinzentado, laterais prateadas e barriga clara. As barbatanas pélvicas são curtas e as peitorais bem desenvolvidas. Acredita-se que voa para fugir de predadores 1- Com as barbatanas coladas ao corpo, ele nada rapidamente bem próximo à superfície antes de decolar. 2- Quando sai da água, o peixe abre as barbatanas peitorais, que ficam parecidas com duas asas. 3- Ele também move rapidamente a cauda bipartida, que é usada como leme e motor do vôo.

Qual a diferença entre lesma, caramujo e caracol?

Os três são moluscos, da classe dos gastrópodes. A principal diferença entre a lesma e os outros dois é que ela não tem uma concha externa – ou tem uma concha muito pequena. Já caracol e caramujo são sinônimos em várias regiões do Brasil, mas, na linguagem popular, caracol geralmente se refere aos gastrópodes terrestres, e caramujo, aos aquáticos. Já as lesmas podem viver tanto na terra como no mar. Juntos, esses três bichinhos somam cerca de 75 mil espécies. Além de numerosos, eles são antigos moradores da Terra: existem registros fósseis de gastrópodes de cerca de 500 milhões de anos atrás. Há entre 30 e 40 famílias de lesmas, contra 400 de caramujos e caracóis, de acordo com o biólogo Luiz Ricardo Simone, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, autor do livro Land and Freshwater Molluscs of Brazil (“Moluscos Terrestres e de Água Doce do Brasil”). Você pode não gostar da gosma que eles deixam, mas sem eles, podem ocorrer desequilíbrios ambientais.MINHA NADA MOLE VIDAApesar de hermafroditas e gosmentos, gastrópodes têm vida sem salBELEZA INTERIORO corpo das lesmas terrestres tem três partes principais: cabeça, pé e massa visceral, que é recoberta por uma espécie de pele, o manto. Da cabeça saem quatro tentáculos, todos retráteis: dois são a base dos olhos e dois são usados para o tato e o olfato. A parte de baixo do corpo dos caramujos é a mesma das lesmasDEBAIXO DOS CARACÓISOs caracóis e caramujos nascem com uma protoconcha, que já contém todas as camadas da concha dosadultos. À medida que cresce, uma glândula no manto vai secretando as três camadas que formam o material:Perióstraco: Parte mais externa, rica em conchiolina, uma matéria orgânica. Protege a concha da corrosão do meio ambienteÓstraco: Camada intermediária, feita de carbonato de cálcio, que confere dureza à conchaHipóstraco: É a mais próxima do corpo. É responsável pela reparação de qualquer fratura sofrida pela conchaCABEÇA FRESCADependendo de onde vivem, os gastrópodes respiram de maneiras diferentes. Enquanto as formas marinhas usam brânquias (como os peixes), as terrestres têm pulmão e fazem a troca gasosa por um buraco existente na lateral da cabeça, chamado pneumóstoma. Como essas espécies têm a pele muitofina, elas também absorvem o oxigênio diretamente por elaVELOCIDADE MÍNIMAPara se mover, lesmas e caracóis contam com a ajuda de uma espéciede muco, secretado por uma glândula localizada na barriga. Essa substância gosmenta é importante porque ajuda no deslizamento do animal. Eles se movem fazendo movimentos ondulatórios, como as cobras e as minhocas. Os animais menores (de até 1 milímetro de comprimento) também contam com a ajuda dos milhares de cílios localizados na barriga, que funcionam como uma sucessão de pezinhos.Entenda como lesmas e caracóis se movimentam:1. Para se movimentar, o primeiro passo é levantar a cabeça em um ângulo de 20 a 30 graus do chão2. Em seguida, o bicho estica o resto do corpo, e as partes que se desprendem do chão vão se alternando ao longo do corpo da lesma, até começar tudo de novoSEXO CRUZADOA maioria dos gastrópodes terrestres é hermafrodita: o mesmo animal possui um pênis e uma vagina, mas precisa de um parceiro para procriar. Durante o acasalamento, rola uma fecundação cruzada, em que um transfere espermatozóides para o outro, e vice-versa. Veja como é a transa radical das lesmas-leopardo (Limax maximus):1. A lesma que quer acasalar solta um muco com um “sabor especial”, que anuncia aos companheiros de espécie que ela está a fim2. As duas lesmas sobem, então, em um galho e se enroscam uma na outra, soltando um fio de mucode até 40 centímetros3. Enroladas, as duas descem pelo fio e cada uma coloca o pênis (que estava “escondido” sob omanto) para foraCOM A LÍNGUA NOS DENTESPara comer, os gastrópodes usam a rádula, órgão parecido com a língua, com milhares de protuberâncias que lembram dentes humanos. A ponta da rádula raspa o alimento, e os “dentes” na superfície o cortam. Os gastrópodes encaram de tudo na hora de comer: alguns só comem plantinhas, outros preferem matériaorgânica podre e há ainda as carnívoras, que comem insetos, outros moluscos e até pequenos peixesAI, MEUS SAISMuita criança já fez a maldade: jogou sal na lesma para vê-la derreter. Isso acontece porque a pele dela é muito fina e permeável. Por um processo químico conhecido como osmose, o sal “suga” a água existente no corpo do bicho, fazendo com que ele perca muito líquido e morra de desidrataçãoAS APARÊNCIAS ENGANAMEntre as 400 famílias de caracóis e caramujos, há desde iguarias a bichos perigososDO BEM...Ele é um caracol terrestre da família Helicidae, e, como todo molusco, é bem nojento. Mas, como é herbívoro e se alimenta apenas de frutas e verduras, o escargot se tornou uma das iguarias mais refinadas do mundo. Alguns criadores deixam o bicho em jejum e depois os alimentam com água, ervas aromáticas e até vinho branco! Um quilo de sua carne – que tem entre 120 e 150 animais – custa quase 100 reais...E DO MALAlguns caramujos da família Planorbidae são hospedeiros do verme responsável pela esquistossomose. Outro gastrópode mal-encarado é um caramujo africano (Achatina fulica), espécie introduzida nos anos 80 como uma alternativa ao escargot. O contato com seu muco pode causar distúrbios no sistema nervoso, perfuração do intestino, hemorragia abdominal e até a morte do paciente.

Existem mesmo os "cemitérios de elefantes"?

Não, essa história de que os elefantes teriam uma espécie de santuário, um local sossegado para o qual se dirigiriam antes de morrer, não passa de lenda. Há várias teorias para a origem do mito. A mais aceita foi elaborada por especialistas do zoológico de San Diego (EUA). De acordo com esses estudiosos, quando os trombudos envelhecem, seus dentes ficam muito sensíveis e, assim, eles têm dificuldade de comer sua alimentação habitual, formada por arbustos, folhas e cascas de árvores. Por isso, é comum os animais mais velhos se deslocarem para regiões pantanosas, onde há abundância de água e as folhagens são mais macias. Invariavelmente, eles acabam ficando por lá até a morte. A concentração de ossadas nesses locais é que teria originado o mito. “Os animais idosos também se desgarram do grupo porque se tornam mais lentos e vão ficando para trás”, completa a bióloga Mara Marques, chefe do setor de mamíferos da Fundação Zoológico de São Paulo. A lenda do santuário de trombudos acabou ganhando peso em razão da atitude reverente desses animais frente a um colega morto. Diante de um paquiderme sem vida, todos os membros de uma manada param junto do defunto e parecem inspecioná-lo com a tromba, como se prestassem uma última homenagem. Além disso, o parente do falecido segue o grupo de longe por alguns dias, numa espécie de manifestação pública de luto. Veja abaixo outras curiosidades sobre os grandalhões. :-m PÊNIS GIGANTE, IMPRESSÃO “ORELHAL”Características do maior animal terrestre do mundo que até parecem mentiraCABEÇÃOO paquiderme tem, sim, uma excelente memória. Mas não é pelo fato de ele ser “cabeção” (seu cérebro pesa 5,4 quilos). Acredita-se que isso se deva, em parte, à sua longevidade, de até 70 anos – vivendo tanto, ele acaba memorizando mais RG DE DUMBOAs orelhas dos elefantes são sua “impressão digital”. As abas enormes têm não apenas formas únicas mas cavidades e riscas inconfundíveisRADAR NASALA comprida tromba – que corresponde ao nariz e lábio superior – pesa cerca de 140 quilos. Entre outras coisas, o narigão permite que ele fareje água a uma distância de quase 20 quilômetros! TROMBUDONenhum animal terrestre é mais bem-dotado do que o elefante. Seu pênis pode atingir 1,5 metro de comprimento e pesar 2 quilos. E – sai de perto! – cada ejaculação do bicho é suficiente para encher uma bola de futebol de sêmen!

Como era a vida de um dinossauro?

Era tão diversa quanto o número de espécies existentes - até hoje, foram descritos por volta de mil dinos diferentes, com hábitos de vida bem variados. Eles dominaram a Terra por quase 150 milhões de anos, até serem extintos há cerca de 65 milhões de anos - segundo a teoria mais aceita, por causa de um impacto de um asteroide com a Terra. Nesta reportagem, elegemos como personagem o tiranossauro rex (Tyrannosaurus rex), um dos grandalhões mais populares, estrela do filme O Parque dos Dinossauros, de Steven Spielberg. Com 13 metros de comprimento, 6,5 metros de altura e pesando 8 toneladas, ele é considerado, com razão, um dos animais mais ferozes de todos os tempos. )):-$ NASCIDO PARA DEVORARSaído de um simples ovinho, em poucos anos o tiranossauro rex já estava tocando o terrorAssim como os demais dinos, o tiranossauro nascia de um ovo. A cada postura, a mamãe rex punha de 10 a 20 ovos, que, acredita-se, não eram chocados, mas enterrados na areia ou na lama, mais ou menos como as tartarugas fazem hoje. Em até um mês o bicho já dava seus rugidos no mundo. Não há consenso entre os especialistas, mas acredita-se que os filhotes eram cuidados pela mãe. A ausência de marcas de fraturas em fósseis de animais jovens sugere que eles viviam em um ambiente protegido. Supõe-se que os tiranossauros se organizavam em grupos, formados por fêmeas adultas e animais jovens. Ao atingir a maturidade sexual, por volta dos 10 anos de idade, os machos deixariam o bando. Os garanhões poderiam viver sozinhos ou formar um "clube do bolinha", só de machos. Apesar da cara de mau, os estudiosos até hoje não sabem se o bicho era, de fato, um predador imbatível. Seja como for, quando jovens, eram ágeis e caçavam em bando, para o azar de suas presas, como os ceratópsios e os anquilossauros, que eram consumidos num "banquete" pelos tiranossauros. Embora os tiranossauros fossem pra lá de ferozes e estivessem no topo da cadeia alimentar, a vida dos mais jovens nem sempre era fácil. Vira e mexe, eles podiam ser atacados por bandos de predadores, como os endiabrados velociraptores. Os animais adultos é que quebravam o pau para defender o grupo. Um tiranossauro vivia cerca de 30 anos. Ao atingir a idade adulta, por volta dos 16 anos, o bichão crescia numa rapidez incrível. De 6 metros de comprimento e 2 toneladas, a fera aumentava assustadoramente para 13 metros de comprimento e quase 8 toneladas! Na época do acasalamento, os machos usavam seu olfato apurado para identificar as fêmeas que estavam no cio. E, na hora do bem-bom, as moçoilas levantavam sua pesada cauda para dar uma ajudinha ao parceiro. Com o avanço da idade, os tiranossauros ficavam cada vez mais lentos. Com isso, acabavam não se dando bem nas caçadas. Para não morrer de fome, viravam carniceiros e, como bons urubus, passavam o resto da vida se alimentando de restos de outros animais. A velhice era uma fase difícil para o dentuço. Além de menos ágil, acredita-se que, antes de morrer, ele ainda ficava banguela, o que o impedia de comer. A perda de dentes era algo comum durante toda a vida. Só que, na juventude, quando um dente caía, nascia outro no lugar - o que não rolava na velhice. Outros fatos:. Sabe-se que as fêmeas eram maiores do que os machos. Aliás, o fóssil mais bem preservado de um tiranossauro - exposto no Field Museum, em Chicago (EUA) - é o de uma fêmea.. Comparativamente ao resto do corpo, os braços do bicho eram ridiculamente pequenos, reforçando a tese de que ele não seria um caçador tão bom assim. O tiranossauro tinha enormes mandíbulas e dentões de 20 cm. Sua mordida era tão poderosa que esmagava o crânio das vítimas.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Como é feita a previsão do tempo?

A previsão é feita a partir da análise de dados captados em todo o mundo por uma rede internacional. Até o fim da Segunda Guerra Mundial, as informações meteorológicas tinham fins militares. Com a criação da Organização das Nações Unidas, os países começaram a trabalhar em conjunto e surgiu a Organização Meteorológica Mundial (OMM) em 1950. Ela estabelece o estado inicial global, que mostra as condições de tempo em todo o planeta a partir de dados obtidos pelos países membros em um mesmo horário. Mesmo com tantos dados e poderosos computadores, muito da previsão vem da leitura que os meteorologistas fazem dessas informações – é por isso que as previsões para um mesmo local em um mesmo dia podem variar. Outro problema é que há áreas do globo sobre as quais há menos informações, o que deixa a previsão menos certeira. :>) FAÇA CHUVA OU FAÇA SOLMedição de dados na terra, no céu e no mar abastece central meteorológica mundialSOB MEDIDAA coleta de informações começa em terra, na estação meteorológica. Em todo o mundo, há 11 mil delas, com equipamentos que medem dados próximos da superfície, do nível do solo até cerca de 10 metros de altura. Em geral, esses instrumentos são alimentados por painéis de energia solar.CHECK-INAs estações meteorológicas não cobrem todo o globo. Por isso, elas têm a ajuda de miniestações espalhadas em lugares como os aeroportos, que medem ventos, pressão atmosférica, chuva e umidade do ar, por exemplo. Além de usar os dados para garantir a segurança dos vôos, os aeroportos também os enviam à OMM VISÃO AÉREACerca de 3 mil aviões comerciais conveniados à OMM voam por uma área que as estações não cobrem: as grandes altitudes. Os aviões viajam a cerca de 11 mil metros de altura, onde as condições de tempo são muito diferentes das da superfície. Por isso, esses dados são valiosos. Mas, como as aeronaves não cruzam todo o globo, sobra uma área grande sobre a qual não há dados BÓIA FRIAEstações meteorológicas cobrem a parte terrestre do globo, mas fica faltando a maior área do planeta: as regiões oceânicas. A captação de dados de superfície por ali fica por conta de bóias meteorológicas e de navios mercantes, militares e de passageiros. Os 7 mil navios transmitem dados como chuva e ventos, assim como as cerca de 900 bóias BALÃO MÁGICO Acima dos aviões, há balões meteorológicos que chegam a 30 mil metros de altitude. Inflados com gás hélio, eles carregam radiossondas, um conjunto de instrumentos que mede pressão atmosférica, temperatura e umidade relativa do ar. Monitorando a posição do balão, é possível checar também o ventoVIA SATÉLITEAs imagens de satélite mostram o que nenhum aparelho mede: a movimentação das nuvens, o que ajuda a entender a dinâmica de chuvas e temperaturas. As fotografias são tiradas por seis satélites geoestacionários e cinco de órbita polar. Além da temperatura, as imagens mostram vapor d’água e umidadeGUICHÊ DE INFORMAÇÕESCom tantas informações vindas de fontes tão diferentes, alguém precisa organizar a bagunça. Quem faz isso é a OMM, que processa os dados vindos de 182 países e 6 territórios. Há três centrais principais – em Melbourne (Austrália), Washington (EUA) e Moscou (Rússia) – e mais outras 15 que processam as informações enviadas por todos os membros pelo menos a cada três horas e distribuem os dados para que cada país possa fazer suas previsões NA TELA DA TVAlgumas empresas de meteorologia fazem boletins meteorológicos para meios de comunicação. Existem canais de TV especializados no assunto e emissoras que têm meteorologistas próprios. Mas a maioria dos canais prefere colocar uma bela moça do tempo para falar se vai chover ou não TRADUTOR INSTANTÂNEOA OMM disponibiliza dados na forma de gráficos, tabelas e mapas incompreensíveis para leigos. É aí que entram os meteorologistas: eles jogam os números do dia atual e de dias anteriores em softwares que calculam como será o clima futuro e acrescentam sua análise pessoal para ler dados não numéricos, como as fotos de satélite

Ilusões de Ótica Premiadas

Se você acha que pode confiar no que os seus olhos vêem, está muito enganado. Conheça as melhores ilusões de ótica do mundo!
Abaixo, os vencedores do Prêmio "Best Visual Illusion of the Year (em português, Melhor Ilusão Visual do Ano)" de 2009, promovido pelo Philharmonic Center for the Arts, da Flórida (EUA)1º lugar: The break of the curveball (A quebra da curva da bola, em português)O enigma perceptivo surge porque parece uma deformação progressiva, mas que na realidade é muitas vezes percebida como uma brusca mudança de direçãoRealizado por Arthur Shapiro, Zhong-Lin Lu, Emily Knight, & Robert Ennis, da Universidade American, Univeridade Sulista da California, Faculdade Dartmouth e Faculdade de Oftalmologia SUNY, nos Estados Unidos
(via: http://www.aip.org/isns/reports/2009/051309visualillusion.html)2º lugar: Color dove illusion (Ilusão da cor da pomba, em português)Fixe seu olhar sobre o ponto central negro sobre o pássaro, assim como o céu, enquanto pisca. Quando a ave começa a voar, siga-o e mantenha olhando para o ponto preto fixamente. Você irá começar a notar que o "pássaro branco" é cheia de cores com um fundo similar ao anterior da cor.Realizado por Yuval Barkan & Hedva Spitzer, da Universidade de Tel-Aviv, em Israel
(via: http://illusioncontest.neuralcorrelate.com)3º lugar: The illusion of sex (A Ilusão do sexo, em português)Duas faces são percebidos como masculinos e femininos, quando na verdade ambas são versões do mesmo rosto andrógino.Realizado por Richard Russel, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos(via: http://illusioncontest.neuralcorrelate.com)

Onde a biodiversidade está mais ameaçada no planeta?

Considerando a porcentagem de vegetação original destruída, a bacia do mar Mediterrâneo é a região mais agonizante do planeta: apenas 4,7% da área original segue intacta e 32 espécies de animais endêmicas (que só existem no próprio lugar) estão ameaçadas de extinção. Mas neste ranking ingrato há outras nove regiões com mais de 90% do território original destruído (veja o mapa ao lado). Elas fazem parte de uma lista de 34 regiões definidas por organizações ambientais como as mais importantes para a conservação da biodiversidade mundial. São os hotspots: locais que possuem ao menos 1 500 espécies de plantas endêmicas e já perderam 70% ou mais de suas áreas originais. Juntas, as 34 regiões ocupam menos de 3% da superfície do planeta, mas concentram 50% de todas as espécies vegetais e 42% de todos os vertebrados da Terra. "Você acaba com a força de evolução do planeta quando interrompe de maneira tão abrupta a existência dessas regiões riquíssimas", afirma a bióloga Monica Fonseca, da ONG Conservation International do Brasil. Duas dessas regiões estão no Brasil: a mata Atlântica, com 8% da cobertura original, e o cerrado, com 20%.
Os 10 pontos mais críticos
Nestas regiões pelo menos 90% da cobertura original já foi destruída
Caribe
Concentra diversos ecossistemas, como florestas tropicais e regiões semi-áridas
Extensão original - 229 549 km2
Extensão atual - 22 955 km2 (10% da cobertura original)
Espécies endêmicas ameaçadas - 209
Principal ameaça - Desmatamento para agricultura e inserção de espécies estrangeiras
Bacia do Mediterrâneo
Originalmente, apresentava uma flora quatro vezes maior do que a de todo o resto do continente europeu
Extensão original - 2 085 292 km2
Extensão atual - 98 009 km2 (4,7% da cobertura original)
Espécies endêmicas ameaçadas - 34
Principal ameaça - Ocupação humana
Mata AtlÂntica
A floresta tropical que cobre grande parte da costa brasileira atinge também o território de nossos vizinhos Uruguai, Paraguai e Argentina
Extensão original - 1 233 875 km2
Extensão atual - 99 944 km2 (8,1% da cobertura original)
Espécies endêmicas ameaçadas - 90
Principal ameaça - Ocupação humana
Chifre da África
Região árida, é o habitat da maioria das espécies de antílopes do mundo
Extensão original - 1 659 363 km2
Extensão atual - 82 968 km2 (5% da cobertura original)
Espécies endêmicas ameaçadas - 18
Principal ameaça - Desmatamento para pastagem e extração mineral
Montanhas do sudOeste chinês
Habitat original de uma das mais ricas faunas de clima temperado, a região tem altitudes que podem chegar a 7558 metros
Extensão original - 262 446 km2
Extensão atual - 20 996 km2 (8% da cobertura original)
Espécies endêmicas ameaçadas - 8
Principal ameaça - Caça, extração de madeira e queimadas para a criação de pastos
Florestas da costa leste africana
Concentra florestas secas e úmidas, que abrigam uma grande variedade de primatas
Extensão original - 291 250 km2
Extensão atual - 29 125 km2 (10% da cobertura original)
Espécies endêmicas ameaçadas - 12
Principal ameaça - Desmatamento para agricultura
Filipinas
As mais de 7 mil ilhas que compõem o arquipélago eram cobertas originalmente por extensas florestas tropicais
Extensão original - 297 179 km2
Extensão atual - 20 803 km2 (7% da cobertura original)
Espécies endêmicas ameaçadas - 151
Principal ameaça - Extração de madeira
Indochina
Coberta principalmente pelas florestas tropicais do Sudeste Asiático. Apesar da devastação, nos últimos 12 anos foram descobertas seis novas espécies de mamíferos
Extensão original - 2 373 057 km2
Extensão atual - 118 653 km2 (5% da cobertura original)
Espécies endêmicas ameaçadas - 78
Principal ameaça - Desmatamento para agricultura e extração madeira
Madagascar
A ilha africana tem grande diversidade de ecossistemas, como florestas tropicais e secas e um deserto
Extensão original - 600 461 km2
Extensão atual - 60 046 km2 (10% da cobertura original)
Espécies endêmicas ameaçadas - 169
Principal ameaça - Erosão gerada pelo desmatamento
Sundaland
A região, que cobre a Indonésia, a Malásia e outras ilhas do arquipélago do Sudeste Asiático, é dominada pelas florestas tropicais
Extensão original - 1 501 063 km2
Extensão atual - 100 571 km2 (6,7% da cobertura original)
Espécies endêmicas ameaçadas - 162
Principal ameaça - Extração de madeira

O planeta Terra é um ser vivo?

Sim, pelo menos segundo a Teoria de Gaia. Em 1969, a Nasa pediu ao químico inglês James Lovelock que investigasse Vênus e Marte para saber se eles possuíam alguma forma de vida. Analisando nossos vizinhos do sistema solar, Lovelock disse que não existia nada que pudesse ser considerado vivo por lá. Mas, ao olhar para a própria Terra, ele concluiu que, além de ser residência de diversas formas de vida, ela mesma se comporta como um grande ser vivo, com mecanismos que ajudam a preservar os outros seres vivos que abriga. E batizou esse ser de Gaia, em homenagem à deusa grega da Terra. No começo, a teoria foi rejeitada pela comunidade científica, que achou a idéia meio hippie e pouco baseada em experiências que a comprovassem. Mas o lançamento de satélites a partir dos anos 70 trouxe dados sobre o planeta que ajudaram a reforçar a tese central da Teoria de Gaia: o planeta tem uma capacidade de controlar sua temperatura, atmosfera, salinidade e outras características que mantêm o nosso lar, doce lar confortável, com condições ideais para a existência da vida.
Terra de ninguém
Conheça o nascimento, a evolução e as ameaças à vida do nosso planeta de acordo com a Teoria de Gaia
ESTÁGIO 1 - ANTES DE GAIA
PERÍODO - 4,6 bilhões a 3,8 bilhões de anos atrás
ESTADO - Não existe
ESTACA ZERO
Antes de existir vida aqui, nossa atmosfera provavelmente era parecida com a de Marte e de Vênus. Mas, desde que a vida surgiu, essa composição mudou e se mantém completamente diferente da de nossos vizinhos. Para a Teoria de Gaia, isso só é possível porque em algum momento a Terra passou a funcionar como um ser vivo auto-regulador
ESTÁGIO 2 - GAIA NASCE
PERÍODO - 3,8 bilhões a 2,3 bilhões de anos atrás
ESTADO - Em desenvolvimento
INSPIRA, EXPIRA
Entre os primeiros seres vivos, havia bactérias que consumiam gás carbônico (CO2) e liberavam gases como metano e oxigênio. Com o passar das eras, a respiração dessa galera mudou a composição da atmosfera, injetando mais O2, um prato cheio para seres multicelulares se desenvolverem
ROLOU UM CLIMA
Quando a vida começa a influenciar a evolução do ambiente, e vice-versa, é sinal de que Gaia nasceu. "Viva", a Terra também regula sua temperatura: a concentração de metano no ar, por exemplo, cria um efeito estufa que garante o calor no planeta
ESTÁGIO 3 - GAIA EM FORMA
PERÍODO - 2,3 bilhões a 200 anos atrás
ESTADO - Bom
AÇÃO E REAÇÃO
Uma das evidências de que a Terra é como um ser vivo é sua capacidade de controlar a própria composição e clima por meio de mecanismos de resposta entre suas partes orgânicas (a biosfera) e inorgânicas (ar, rochas e mares). O ciclo de carbono, por exemplo, ajuda a controlar a concentração de CO2 na atmosfera
TUDO SOB CONTROLE
Como todo ser vivo, a Terra também tem seus mecanismos para manter tudo funcionando. No caso de Gaia, o equilíbrio entre a vida, a atmosfera, os mares e as rochas funciona por meio de ciclos bem complexos. De tempos em tempos, o equilíbrio se rompe, e ocorrem extinções em massa. Mas as espécies sobreviventes formam um novo equilíbrio e tudo volta aos eixos
SALEIRO GLOBAL
A concentração de sal no mar está estável em 3,4% há milhares de anos – outro indício, de acordo com a Teoria de Gaia, de que a Terra se comporta como um sistema vivo. Bactérias que consomem o produto e lagoas de sal compostas de corais se organizam em outro ciclo, para manter o equilíbrio necessário à vida marinha
SOL, PRAIA E CALOR
A temperatura média relativamente constante do planeta indica que a Terra está viva, já que ela manteve sua temperatura apesar de o calor do Sol ter aumentado 25% nos últimos 3 bilhões de anos. Um dos mais conhecidos processos de controle da temperatura é o ciclo mostrado abaixo
ESTÁGIO 4 GAIA NA UTI
PERÍODO - 200 anos atrás aos dias de hoje
ESTADO - Febril
TUMOR MALIGNO
Em geral, a causa dos desequilíbrios de Gaia é externa, como o impacto de um meteoro. Pela primeira vez na história, o equilíbrio estaria sendo afetado por um órgão de seu próprio corpo: os humanos
ERRAR É HUMANO
Desde a Revolução Industrial, a humanidade tem funcionado como um verdadeiro câncer para Gaia. Vários ciclos importantes para o bom funcionamento do planeta estão "defeituosos" e pioram o aquecimento global acelerado pelo homem
ESTÁGIO 5 - O ENTERRO DE GAIA
PERÍODO - De hoje a daqui 1 bilhão de anos
ESTADO - Morta
O FIM ESTÁ PRÓXIMO
Para os pessimistas, o homem pode encurtar sua vida no planeta em milhares de anos. Mesmo sem nós, Gaia ainda estará ameaçada pelo Sol. Como toda estrela, ele emite mais calor conforme envelhece. Daqui a 1 bilhão de anos, o fortíssimo calor matará Gaia

Se o álcool substituir a gasolina, faltará comida no mundo?

Mesmo se 100% da gasolina fosse substituída por álcool, não faltariam terras para plantar gêneros alimentícios suficientes para alimentar o mundo inteiro. Mas a questão não é tão objetiva assim, afinal os alimentos não são distribuídos de forma igualitária e o crescimento da importância comercial do milho e da cana fatalmente faria o preço deles disparar. Por isso, alguns especialistas acreditam que, no caso da substituição total da gasolina, a população mais pobre passaria fome. Mas essa análise não é unânime: há quem defenda que o aumento cavalar da produção de milho e cana faria com que terras cultiváveis não cultivadas atualmente passassem a receber culturas alimentícias e haveria comida suficiente para todos. Nos dois casos, não faltaria comida, assim como acontece hoje: apesar de milhares de pessoas morrerem de fome, o mundo produz cerca de 2 quilos por cabeça ao dia, o que seria suficiente para deixar todos os 6 bilhões de habitantes do mundo gordinhos. "A fome não é conseqüência da falta de alimento, e sim da má distribuição", diz o engenheiro químico Carlos Eduardo Rossell, do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético (Nipe), da Unicamp. Além disso, se as novas áreas cultiváveis não fossem ocupadas de forma planejada, o esforço para redução das emissões de carbono na atmosfera poderia gerar um impacto ambiental muito mais devastador, inclusive com a intensificação do aquecimento global.
Quilômetros Rodados x Prato Cheio
Calculamos qual seria o impacto do império do etanol, e a perspectiva não é nada boa
DIVISÃO DA TERRA
A Terra é formada por 14,9 bilhões de hectares de terras emersas, mas apenas 20% disso - cerca de 3 bilhões de hectares - podem ser cultivados. O resto é ocupado por desertos, cordilheiras, geleiras etc. E atualmente apenas metade da área cultivável - 1,5 bilhão de hectares - é de fato cultivada. Ou seja: ainda há muito espaço para plantar
MEIA ÁFRICA
Para você visualizar melhor a quantidade de terra de que estamos falando, pense no seguinte: se juntássemos todas as áreas cultiváveis, elas ocupariam todo o continente africano, sendo que metade ainda não teria plantação de nada - embora possa ser ocupada por florestas, pastagens etc.
ETANOL HOJE
Dentro da "meia-África" (1,5 bilhão de hectares) cultivada atualmente, uma parte pequena é ocupada por plantações de cana (24 milhões de hectares) e milho (147 milhões de hectares), que são usados tanto para alimentação (para humanos e como ração) quanto para produção de etanol. Se 100% disso fosse transformado em álcool, teríamos 682 bilhões de litros ao ano. Hoje, porém, apenas 51 bilhões de litros de álcool são produzidos. Já de gasolina são 2,3 trilhões de litros por ano
100% ETANOL
Para substituir toda a gasolina consumida hoje, seriam necessários 3 trilhões de litros de etanol. Com milho como matéria-prima, 857 milhões de hectares seriam ocupados. Se fosse cana, seriam 427 milhões de hectares. Lembrando do 1,5 bilhão de hectares já ocupado hoje, concluímos que terras "virgens" teriam que passar a ser cultivadas, mas caberia tudo nos 3 bilhões de hectares
Mas tem um porém...
Se tudo caberia nos 3 bilhões de hectares, por que não dá para substituir totalmente a gasolina? Porque, embora o 1,5 bilhão de hectares não cultivados tenha terra boa, ele já é ocupado por ecossistemas como a floresta Amazônica, o pantanal, o cerrado etc. E, se eles fossem substituídos por lavouras de milho ou cana, muita coisa ruim poderia acontecer. Veja só:
DESERTIFICAÇÃO
As florestas são diretamente responsáveis pelas chuvas. Sem elas, o solo passaria a secar, ficaria vulnerável à erosão e talvez até se tornasse impróprio para o plantio
EXTINÇÃO
Uma vez destruído, o ecossistema não pode ser recuperado. E, dependendo de qual for o ecossistema, isso pode significar a extinção de comunidades inteiras de plantas e animais
EFEITO INVERSO
As florestas tropicais ajudam a regular os padrões climáticos globais, ou seja, sem elas a temperatura do planeta poderia disparar. Conclusão: o uso do etanol, que é uma medida antiaquecimento, no final das contas, acabaria intensificando o efeito estufa